Luanda - Informações postas a circular dão conta que o jornalista Mayama Salazar já está localizado encontrando-se nesta altura sob prisão preventiva nos Serviços Provinciais de Investigação Criminal.
*Fernando Mateus
Fonte: Club-k.net
O jornalista terá sido vítima de uma cabala supostamente arquitectada por elementos ligados à direção do Instituto Superior Técnico de Angola.
Fontes familiares contaram a este portal que a detenção do jornalista aconteceu por volta das 9 horas após ter recebido uma convocatória para uma reunião com o Director do ISTA, Joaquim Silva.
Depois deste encontro, no qual lhe foi entregue alguns valores para o cumprimento de uma missão "ele foi surpreendido por elementos dos Serviços de Investigação Criminal que o acusaram de burla e de ter sido apanhado em flagrante delito", disse a fonte familiar que prefere não ser identificado.
A mesma fonte revelou também que o jornalista e até então coordenador do curso de Comunicação Social do ISTA foi "usado” pelo director da instituição em que leciona para mediatizar um processo de denúncia pública contra o instituto, no qual este responsável era o principal visado.
A referida denuncia, segundo consta, está relacionada a um "esquema montado pela direcção-geral do ISTA para venda de certificados a estudantes que não tenham concluído o ano académico. Um dos beneficiários deste esquema foi um alto funcionário da Sonangol", cuja identidade não foi revelada, explica a fonte.
Consta que do mesmo esquema também está envolvido um Secretário de Estado e sua respectiva esposa "que concluíram as suas licenciaturas por meios fraudulentos".
Motivos da "captura e detenção sem mandado"
Fontes próximas ao jornalista relatam que Mayama Salazar teria sido contactado por um jornalista para este reagir a denúncia feita por estudantes e professores da mesma instituição, pelo que se mostrou indisponível já que a instituição tem uma assessora de imprensa, Laritza Gonzales, cidadã de nacionalidade cubana.
Com o intuito de esclarecer o assunto o ex-jornalista da Emissora Católica de Angola apresentou a denúncia ao PCA do ISTA, o engenheiro Arsénio Mateus e ao Director da referida instituição Joaquim Silva, que propôs imediatamente outra reunião com o objectivo de disponibilizar uma quantia monetária para ser entregue ao referido jornalista de um órgão de informação privado cuja identidade até agora é desconhecida.
Mayama Salazar teria rejeitado tal proposta do director do ISTA, mas este insistiu que era a única forma de impedir que a instituição que dirige não fosse exposta.
Convencido de tal iniciativa do seu superior hierárquico, o antigo coordenador do Curso de Comunicação Social do ISTA fez os contactos para o efeito.
No dia da recepção dos valores, ainda no gabinete de Joaquim Silva, director do ISTA, é surpreendido por um grupo de polícias afectos ao SIC que sem explicações lhe detiveram , após lhe terem fotografados.
A fonte que vimos citando reportou também a este portal que "a detenção do jornalista foi sob as ordens do PCA do ISTA", que teria movido suas influências diante daquele órgão do Ministério do Interior para colocar o jornalista por detrás das grades.