Os accionistas do Banco BPI vão deliberar na assembleia geral de dia 22 de Abril o aumento do número de administradores da instituição, medida que, a ser aprovada, implicará a eleição de novos elementos. Em causa estará a eleição de um representante do grupo de Isabel dos Santos para a equipa de gestão do banco liderado por Fernando Ulrich.

De acordo com a convocatória da reunião, que acaba de ser disponibilizada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o ponto seis da agenda prevê que os investidores “deliberem sobre a elevação do número de membros do conselho de administração”. O ponto seguinte refere-se “à eleição que, em função da elevação do número de membros do conselho de administração que seja deliberada nos termos do ponto anterior, se revele necessária”.

Entre os maiores accionistas do banco, apenas a Santoro Holdings, sociedade gestora de participações sociais da filha do presidente da República de Angola, que adquiriu 9,96% do BPI ao BCP, não está representada no órgão de gestão do banco. La Caixa (30,5%), Itaú (19,3%), e Allianz (8,6%) têm assento no conselho, nomeando administradores não executivos que fiscalizam a actuação da comissão executiva.

A reunião de 22 de Abril vai ainda aligeirar a limitação de votos prevista nos estatutos do BPI. Actualmente, nenhum investidor pode votar com mais de 17,5% do capital, mesmo que a sua participação seja maior. A administração propõe agora que esse limite seja aumentado para 20%.


Isabel dos Santos terá margem para nomear dois gestores para BPI

O grupo de Isabel dos Santos, filha do presidente da República de Angola, deverá ter margem para nomear dois representantes para o conselho de administração do Banco BPI na assembleia geral (AG) da instituição, agendada para o dia 22 de Abril.

O grupo de Isabel dos Santos, filha do presidente da República de Angola, deverá ter margem para nomear dois representantes para o conselho de administração do Banco BPI na assembleia geral (AG) da instituição, agendada para o dia 22 de Abril.

Este é, pelo menos, o número de representantes do grupo segurador alemão Allianz, que tem uma participação accionista idêntica à da empresária angolana. No entanto, este equilíbrio pode ser alterado caso os catalães do La Caixa queiram que o seu peso accionista tenha reflexos no conselho do BPI.

Os possíveis ajustamentos ao elenco de administradores do BPI dependem da aprovação de uma proposta que vai ser apresentada na assembleia geral de 22 de Abril. De acordo com a convocatória ontem publicada, os accionistas vão ser chamados a "deliberar sobre a elevação do número de membros do conselho de administração". Se a proposta correspondente a este ponto for aprovada, proceder-se-á de seguida "à eleição que (...) se revele necessária".

* Maria  João Gago
Fonte: Jornal de Negócios