Lisboa – Funcionários do Tribunal Provincial de Luanda (TPL), concluíram como sendo nulas uma a possibilidade do réu Adilson Indeleny Kaynda Monteiro “Ady Py”, 21 anos de idade, ter estado presente no acto de assassinato que tirou a vida de Jorge Valério Coelho da Cruz, em 2012.

Fonte: Club-k.net 

Localização geográfica dos réus ajuda esclarecer o crime

Adilson Monteiro tinha rivalidade com o malogrado consubstanciada em ameaças mutuas, nas semanas anterior ao crime. Ele foi inicialmente detido por terem havido registro de mensagens suas com outros interlocutores em que assumia ter tido um confronto com o falecido. Adilson actualmente, a viver em Portugal   esta a ser julgado a revelia por posse de estupefaciente encontrados nas suas vestes, no dia em que a DNIC foi fazer buscas em sua casa.

 

A tese de ilibação de Adilson Monteiro é apoiada no registro de rastreio dos telefones das partes suspeitas de terem participado ou de serem cumplices pela morte de Jorge Valério. Os registros do referido rasteio indica que na noite em que Jorge Valério foi morto, o telefone de Adilson Monteiro indicava estar em comunicação com uma antena da UNITEL, que cobre a Ilha de Luanda. Ou seja, a localização geográfica de   Monteiro indicava que ele estaria na discoteca Chill-Out, na Ilha de Luanda.

 

Caso João Mateus "Teodoro"

 

Ainda de acordo com registro, não foram também encontradas nenhuma localização geográfica indicando que João Mateus "Teodoro", - o elemento apresentado pela DNIC como sendo o assassino de Jorge Valério - estivesse igualmente no local do crime.   Este facto esta a reforçar as suspeitas de que os elementos que estão a ser julgados em Tribunal não sejam os verdadeiros assassino de Jorge Valério.

 

Para além das impressões, foram feitos exames a todas roupas e sapatos dos réus Victor Nsumbo “Baia”, João Manuel Mateus “Teodoro” para ver se havia vestígios de sangue (correspondente ao encontrado no local do crime), e tudo deu negativo segundo o relatório do Laboratório Central de Criminalística (LCC).

 

O caso do réu que já estava na cadeia na noite do crime

 

No passado dia 17 do corrente mês, o Jornal O Pais, publicou uma matéria indicando que o réu António Niete conhecido por “Cototocha” estava detido, à data dos factos (morte de Jorge Valério), por roubo de viatura. Porem, nos autos, “Cototocha” aparece citado como o homem que estrangulou Jorge Valério com tambor.

 

Os réus Victor Nsumbo “Baia”, João Manuel Mateus “Teodoro” e António Niete, segundo a advogada oficiosa, representados por Carolina Mateus, não fizeram parte da morte de que se vêm acusados. Voltou, a advogada, quando lia as alegações finais, a invocar a questão da tortura que dizem serem perpetradas pelos instrutores do processo e o facto de terem sido ouvidos antes pela DNIC, sem a presença dos mandatários judiciais.

 

Personalidades  que acompanham o caso Jorge Valério, em Luanda são de opinião que as autoridades anulem o julgamento de forma a dar lugar uma nova investigação a fim de se investigar os verdadeiros assassinos que tiraram a vida do estudante universitário.

 

As mesmas personalidades suspeitam que a conduta da DNIC em ter apresentando falsos bandidos foi para mostrar trabalho em tempo recorde visto que o Presidência angolana estava a seguir o caso com algum interesse através da media.