Luanda - As autoridades angolanas não têm notificação da presença do vírus Zika no país, até ao momento, informou hoje à Lusa a diretora nacional de Saúde Pública de Angola, Adelaide de Carvalho.

Fonte: Lusa

"Não temos qualquer tipo de informação a esse respeito, por enquanto. Nenhuma notificação", disse a responsável.

O Zika é associado a complicações neurológicas e malformações em fetos, sendo Brasil e Cabo Verde dois dos focos desta infeção e onde existe um grande fluxo de pessoas entre as comunidades de ambos os países de e para Angola.

De acordo com a diretora nacional de Saúde Pública, os médicos das unidades de saúde angolanas têm indicações para reportar casos suspeitos de Zika.

"Quando não há informação quer dizer que não houve qualquer notificação, as informações são dadas em função daquilo que são as observações dos clínicos nas unidades sanitárias", disse ainda Adelaide de Carvalho, relativizando a ameaça do Zika em Angola.

Isto porque o país combate desde janeiro o surto de febre-amarela que já provocou mais de duas dezenas de mortos e uma centena de casos, sendo a doença transmitida pela picada do mesmo mosquito, infetado, decorrendo campanhas de vacinação e de prevenção na capital angolana.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou na segunda-feira a epidemia do Zika como "emergência de saúde pública de alcance global".

Na Europa e na América do Norte, dezenas de casos foram relatados, mas as temperaturas frias que atualmente se registam impedem a sobrevivência do mosquito.

O Brasil, país mais atingido pela epidemia, com 1,5 milhões de casos, segundo a OMS, desaconselhou as mulheres grávidas a viajarem para aquele país.

A OMS alertou que a epidemia do vírus Zika poderá afetar entre três a quatro milhões de pessoas no continente americano. O Brasil e a Colômbia são os países onde se registam mais casos de infetados e de suspeitos.