Luanda - O MPLA considera que as conclusões dos recentes relatórios de duas organizações de defesa dos direitos humanos e da Transparência Internacional fazem parte da campanha que visa desacreditar o Estado angolano diante da comunidade internacional.

Fonte: VOA

Na última semana a Human Rights Watch acusou o Governo angolano de continuar a violar os direitos humanos, enquanto que a Freedom House afirmou que o declínio das liberdades através do mundo continuou pelo décimo ano consecutivo sendo Angola o único país africano de língua portuguesa a descer no índice daquela organização, mantendo-o no grupo de países não-livres.

 

Por seu turno, a organização de luta contra a corrupção Transparência Internacional colocou Angola no grupo dos países mais corruptos do mundo.

 

O quarto vice-presidente do grupo parlamentar do MPLA João Pinto diz que tais relatórios são elaborados com base em informações pouco credíveis, fornecidas por entidades ligadas à oposição política e a figuras que só sabem falar mal do Governo angolano.

 

“Não é essa gente que em tempo de guerra andou a fazer relatórios a condenar a Unita por violar os direitos, mas nunca apresentou crimes de guerra contra eles?”, questionou Pinto.

 

No que toca à corrupção, o deputado do partido governamental considera que o fenómeno "é transversal a todos os países e não é apenas um problema de Angola".

 

O relatório da Freedom House referiu que, frente à queda dos níveis de vida e com o potencial de agitação social, alguns países, como Angola e o Azerbaijão, "recorreram à repressão de activistas dos direitos humanos e outros críticos dos regimes".

 

Por sua vez, o relatório da Human Rights Watch (HRW), publicado na passada semana, acusa o Governo angolano de “continuar a violar os direitos humanos, apesar dos vários compromissos assumidos para melhorar o seu historial”

 

Enquanto isso, a organização de luta contra a corrupção Transparência Internacional coloca Angola no grupo dos países mais corruptos do mundo, ou seja na categoria de países “altamente corruptos”, juntamente com a Guiné-Bissau e mais 14 Estados.