Luanda - O Novo Jornal apurou que dentro do MPLA há quem defenda a realização de novas “eleições gerais” caso as indirectas avancem mesmo, mas só depois de acertado o texto final da Constituição. Seria a forma de garantir que o povo não sairia “enganado”, já que até agora a ideia era realizar as legislativas em 2008 e as presidenciais em 2009.

A fonte apurou que a eleição presidencial poderá ser por via indirecta, mas deverá ser precedida por uma nova eleição geral que acabe com alguns equívocos. O motivo é simples: Quando, em Setembro de 2008, os eleitores votaram nas legislativas, em nenhum momento lhes foi dito que, na prática, estavam também a delegar nos futuros deputados a escolha do novo PR, como acontecerá caso as indirectas passem.Com o pormenor de, nessa altura, o próprio JES ter já criado a expectativa das presidenciais ocorrerem este ano, 2009 (um cenário cada vez mais distante), através do escrutínio popular.

Com isto, várias correntes do MPLA assumem que, ao desvirtuar a eleição de 2008, alterando as regras do jogo a meio do campeonato, o presidente eleito por via indirecta correria o risco de perder a legitimidade perante a sociedade angolana, que não tinha como não se sentir enganada e joguete de um processo não claro e previamente delineado pelo PR.

Fonte: NJ