Luanda - O governador de Luanda, Francisco Higino Lopes Carneiro, tomou conhecimento, através de denuncias, da existência de pessoas que estão a cobrar valores monetários para aplicar a vacina contra a febre-amarela, por isso medidas em conformidade com a lei foram já tomadas. Em declarações à imprensa no fim de uma vista de solidariedade para com as famílias residentes nas zonas inundadas pela chuva em Viana, o dirigente afirmou ter tomado conhecimento dos casos de cobranças para aplicação de vacinas da febre-amarela, através de denúncias, e tomaram-se medidas em conformidade com a lei.

Fonte: Angop

Higino carneiro manifestou também a sua insatisfação quanto ao número de pessoas vacinadas contra a febre-amarela, afirmando que mais postos de imunização devem ser criados. Segundo o governador, o número de pessoas vacinadas não é satisfatório, embora existam 24 postos distribuídos por Viana.

O dirigente adiantou que podem ser criados muito mais postos e neste momento podiam estar vacinados mais de 200 mil pessoas, por isso “precisamos de fazer muito mais porque o número de populares é maior”.

Áreas adjacentes ao Mercado do Trinta começaram segunda-feira a beneficiar de uma acção de fumigação e de eliminação de charcos de água para o combate do mosquito Aedes Aegypti, dando-se prosseguimento à campanha contra a febre-amarela, que teve inicio no dia 02 de Janeiro, no bairro do Zango, Viana.
Hoje, terça-feira, continuaram montados os postos de vacinação no mercado do Km 30, nas imediações do mercado e em locais indicados pelos presidentes de comissões de moradores.

Entretanto, a campanha de vacinação, que teve início no dia 02 de Janeiro com término previsto para a próxima terça-feira, vai continuar até a cobertura total da população alvo, garantiu Mateus Neto.

A investigação de casos da febre-amarela teve início no dia 30 de Dezembro de 2015, com a ocorrência de seis casos, com quatro óbitos, caracterizados por síndrome febril, icterícia (olhos amarelos) e hemorragia em indivíduos do sexo masculino, no bairro do Zango.

Para fazer face à epidemia, o Governo Provincial de Luanda está a levar a cabo uma campanha de combate à doença que abarca acções de sensibilização das populações para o reforço das medidas de prevenção, como tapar os recipientes de água, colocar óleo queimado nos charcos e proteger-se contra a picada de mosquitos.

Consta ainda das acções, a distribuição de mini doses de Bactivec (desinfectante para água), tratamentos de criadores de larvas do mosquito, fumigação intra e extra domiciliar, bem como a vacinação e distribuição de mosquiteiros, principalmente de crianças, idosos e grávidas.

A Febre-amarela é uma doença transmitida ao homem pela picada do mosquito Aedes Aegypti infectado, constituindo um importante problema de saúde pública.

Em Angola, os últimos surtos ocorreram em 1971 e 1986 e a vacina da Febre Amarela foi introduzida no calendário vacinal em 1980.