Luanda - O antigo vice-governador de Luanda, Miguel Catraio, foi condenado a seis anos de prisão, no âmbito do “Caso Jindungo”, cuja sentença foi lida esta manhã no Tribunal Provincial de Luanda. O juiz decidiu ainda aplicar uma pena de quatro anos e três meses de cadeia a Justina Lufumua Lukoki “Jussila”, reduzindo ao pagamento de multas o castigo aplicado às outras rés. Em aberto ficam os pedidos de recurso, que podem ser apresentados nos próximos cinco dias.

Fonte: NJ

O julgamento resultou de uma história de amor, traição e crime que envolve o antigo vice-governador de Luanda e a cidadã Justina Lufumua Lukoki “Jussila”, acusada de ter agredido e introduzido jindungo nos órgãos genitais da amiga Nikilauda Vieira Dias Galiano “Neth”, por esta, alegadamente, a ter traído com o amante Miguel Catraio, de acordo com os factos revelados em Tribunal.

 

O episódio aconteceu em Abril do ano passado, no quarto de um hotel em Luanda, onde Neth foi supostamente encontrada com o homem que ambas estariam a “partilhar”. Jussila fez-se acompanhar de um grupo de nove raparigas e, juntas, agrediram aquela e gravaram o acto, cujo vídeo foi partilhado nas redes sociais.

 

De acordo com a acusação, Miguel Catraio é tido como o principal mentor moral do crime.

 

Além do antigo vice-governador e de “Jussila”, sentaram-se no banco dos réus Maiamba Brígida Fernando, Maria do Céu, Teresa Albano e Rita de Fátima Ferreira, todos acusados de crimes de roubo qualificado, injúria, difamação e ofensas corporais voluntárias.

 

Na última sessão do julgamento, realizada na segunda-feira, 22, o Ministério Público requereu que os acusados fossem condenados como autores dos crimes de roubo, concorrentes com ofensas corporais, sendo certo que “foram retirados os bens da ofendida, de forma violenta e fraudulenta. A ofendida ficou privada da razão, ainda que de forma temporária, por força das ofensas protagonizadas contra si pelas rés e prófugas. Também deve o Tribunal condená-los pelo crime de difamação e que o réu seja condenado em cúmulo jurídico pelo crime de violência domestica”, pediu a procuradora Isabel Fançony.