Lisboa - O general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior «Kopelipa», e o jurista Carlos Maria Feijó que estavam a ser dados como estando em relações frias, cruzaram-se recentemente, no óbito do nacionalista Lcio Lara, tendo aproveitado a ocasião para a pose de um retrato simbolizando harmonia entre ambos, nos moldes  de uma feitura de pazes.

 Fonte: Club-k.net

No óbito de Lúcio  Lara

A alegada frieza que se atribui na relação destes dois dirigentes acentuaram desde 2012, quando surgiram rumores de que Carlos Maria Feijó fora afastado do cargo de Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil, por influencia do general “Kopelipa” que teria feito a cabeça de JES, para indicar um outro jurista, Edeltrudes Costa “Nandinho”, quem o gabinete presidencial tem divida moral pelo papel na feitura dos resultados do ultimo pleito eleitoral.

 

Relação de ambos retratada pela media

 

Há dois anos quando Carlos Feijó apareceu como mentor do plano da descentralização de Luanda, como grande área metropolitana, o boletim África Monitor (AM) noticiou que este jurista estava a recuperar poder e influência que perdeu com o seu afastamento do último cargo público que exerceu, ministro do Estado e chefe da Casa Civil, mas conjecturava-se que a relação “menos boa” com MH Vieira Dias “Kopelipa” desfavorece um eventual regresso pleno à política.

 

Para o AM, o relacionamento “menos bom” com MH Vieira Dias “Kopelipa”, que determinou a sua saída do governo, foi alimentado por diferenças de personalidades e/ou de preparação, bem como por diferentes entendimentos das competências politicas de cada um – discrepâncias que avolumaram em razão da convivência a que estavam obrigados como ministros de Estado.

 

A decisão de JES de manter MH Vieira Dias “Kopelipa”, em detrimento de Carlos Feijó, terá então sido influenciada pela lógica simples de que, não sendo possível uma coexistência entre ambos, já minada por intrigas, era forçoso conservar “Kopelipa”, devido ao carácter vital da sua função.

 

Já, o Maka Angola de Rafael Marques numa analise sobre as principais figuras do regime, reconhece em Carlos Feijó, autonomia intelectual, admitindo que “a capacidade de ofuscar os seus pares custaram-lhe o lugar de ministro de Estado e chefe da Casa Civil, que faziam dele o “vice-presidente” executivo.”

 

Ao contrario da analise do AM, o Maka Angola acredita que a sua influência acabou neutralizada. “É o homem das grandes estratégias não-violentas e repressivas do regime. É a antítese de Kopelipa, Jú Martins e outros. Apreciador nato das intrigas palacianas, amante ávido das “discussões de infantário”, Toninho Van-Dúnem que o diga. Desperdiçou a melhor oportunidade de fazer história quanto teve nas suas mãos a responsabilidade de modernizar a Constituição de Angola.”