Benguela   - A capital do país tem sido o centro de muitos interesses, quer no sector político, económico e social, e das atenções quanto a sua liderança. Em consequência, seus governantes não têm sobrevivido por muito tempo, a pressão exercida sobre si, de tal maneira que governá‐ la só é possível se o titular (governador) se submeter a um jogo sujo deitando abaixo todas as expectativas do povo sofredor que procura e espera ver os seus problemas resolvidos. Caso não colabore com os interesses de um determinado grupo, terá de pagar muito caro ou sofrerá a maior humilhação da história daquele período, e o mais agravante ainda, terá de passar séculos da chamada travessia no deserto; porquanto a satisfação do grupo passa pela alta capacidade de bajular, maltratar, roubar, e deixar‐se governar. Apesar desta loucura, existem dirigentes que por cá passaram deram nas vistas de todos que são capazes de mudar para melhor a capital de todos nós. As estradas esburacadas, teriam já o seu fim, o saneamento básico, a falta de energia, as manifestações, e o pretendido diálogo permanente com as forças vivas da sociedade, como as zungueiras, a juventude, a oposição política e até o simples cidadão seria uma realidade.

Fonte: Club-k.net

Neste capítulo de boa governação trazemos a trajectória de José Maria Ferraz dos Santos, um dos bons governantes apesar de durar muito pouco ao tempo esperado, alimentou a esperança dos Luandenses e seus visitantes.

Proveniente de uma família que desde muito cedo abraçou os ideais da luta de libertação de Angola, entre os quais Venâncio de Moura, Manuel Quarta “Punza”, Emílio Guerra e do comandante Toka seus tios, sem descurar os seu avôs paternos Adriano Pereira dos Santos e Maria Alves Castro Van‐dúnem, da família Pereira dos Santos Van‐dúnem, Brito e Torres. Aqui podemos compreender o jovem de tenra idade, ainda na flor da sua mocidade com apenas 18 anos foi eleito em 1986, a deputado à Assembleia do Povo e aos 21 anos de idade nomeado conselheiro do Presidente da República. De outro modo, a sua primogénita é actualmente a deputada mais jovem da Assembleia Nacional, como sucedeu ao pai em 1986.

Entretanto, fruto do seu desempenho, voltou a merecer a confiança do Chefe do Executivo Engenheiro José Eduardo dos Santos que o nomeou para o aparelho governativo. É de recordar que num passado recente, os inimigos do povo procuram ofuscar a sua imagem com calúnias e difamação com pretexto de desacreditá‐lo,tendo os mesmo mafiosos recrutado alguns “mercenários”para o sujarem e entoxicarem a opinião pública todos fins de semana, mas que verdade seja dita é homem do povo.

O então governador da Kianda, logo que tomou posse, na altura, reuniu‐se de imediato com as autoridades tradicionais, lideres das Igrejas, jovens, académicos, jornalistas lideres de partidos políticos e outras entidades singulares, com propósito, de interagir numa governação mais participativa de Luanda. Porém, uns destes bons exemplos foram os Conselhos de Auscultação e Concertação Social, que criou uma maior dinâmica e aproximação entre os governantes e os cidadãos. Este facto, proporcionou um plano claro sobre os procedimentos da recolha do lixo (cidade limpa), as estratégias de construção das vias secundárias e terciárias, que facilitariam a circulação de pessoas e bens a todos os níveis. Caso concreto e visíveis foi a recuperação das estradas do Morro Bento. Repare que, em pouco tempo foram construídos vários hospitais e escolas (Sambizanga, Cazenga, Cacuaco, Kilamba Kiaxi, Viana e Samba), largos com belos jardins, balneários públicos, o novo cemitério do Benfica, considerado o maior do país, a moderna morgue, ampliação da maternidade Augusto Ngangula, o depósito de medicamento localizado em Viana, etc. Sublinha‐se que, foi o único governante que em pouco tempo (seis meses), arrecadou para o cofre do estado cerca de 895.000.000.00 (Oitocentos e noventa e cinco milhões de dólares), comparativamente aos seus antecessores, que arrecadavam menos de 250.000.000.00 (duzentos e cinquenta milhões de dólares) por ano.

Esta forma de liderar para o bem das comunidades, enfureceu os ladrões que aproveitavam encher os seus bolsos, deixando centenas de cidadãos paupérrimos. Porém os desvios eram feitos a partir das administrações municipais.

Segundo apuramos, enquanto titular do “Palácio Cor de Rosa” José Maria dos Santos, terá feito resistência, aos tubarões ou aos “ Papão Tudo”, para não se construirem novos prédios na zona baixa da cidade, por forma a não aumentar ainda mais o já desagrável estado das redes técnicas , ( esgotos, vias de água potável, águas residuais e as redes electricas). Tudo isto, é só alguém que não comprometido com tais interesses seria capaz de fazer tais resistência, e enfrentar qualquer um, em defesa dos interesses de todos citadinos. Esta atitude corajosa e patriótica, também criou “rangeres de dentes”, dos seus próprios camaradas, que álias “ Papão Tudo” e mais alguma coisa.

Outro facto, que motivou tanta maldade contra o ex. Dirigente, foi o polémico negócio do lixo. O ex. Governador, exigiu muito às empresas, que tinham a obrigação de tornar a capital mais limpa. Tais operadoras pertencem aos tubarões. Aos olhos de todos vimos os desdobramentos que a equipa do então governador efectuava em todo território de luanda, para torná‐la mais vistosa e bela para todos. Mas todo esforços foram em vão. Porém se o mesmo compactuasse, não seria apeiado do Palácio da Mutamba.

Os malfeitores lobos desfalçados de “cordeiros”, sentiram‐se ameaçados com a popularidade do jovem ( Zé) e partiram para os planos macabros:

Forjar vendas de Terrenos. E para arruína‐lo, mandaram o esquadrão da morte aniquilar a mãe da sua filha. Este plano era para manchar a carreira de Zé Maria porque por via da corrupção não teriam êxitos . Outrossim, o governante esteve sempre ligado à causa dos mais desfavorecidos. A nossa equipa de reportagem foi aos arquivos e recorda que, o mesmo foi mentor do “Projecto Causa Solidária”, onde milhões de cidadãos viram minimizados alguns problemas. Constatamos igualmente que em 1987 quando os Sul Africanos haviam arrasado a província do Cunene, foi José Maria dos Santos, como dirigente do braço juvenil do MPLA e líder dos estudantes do ensino médio, que mobilizou mais de 500 jovens e estudantes, a rumaram para a localidade de Xangongo, onde sobe sua liderança e com o apoio do então governador Pedro Mutindi, construíram uma escola que ficou conhecida de “4 de Julho ”. O estabelecimento de 8 salas de aulas acolheu centenas de jovens que estudavam debaixo das árvores. A referida escola o IIIo nível e ensino médio respectivamente era a única na região. Enquanto deputado e com ajuda do PCA da Sonangol Manuel Vicente hoje Vice‐ Presidente da República reabilitaram o Ginásio do Futebol Clube do Uige, o Estádio 4 de Janeiro e o Cemitério Municipal do Uíge. Elementos que caracterizam o seu sentimento natural e patriótico.

O então governante recentemente para dar mais esperança aos pobres, levando‐os a acreditar em milagres pela fé cristã, patrocinou com a sua esposa a Senhora Rosa Micolo dos Santos, a construção do Santuário de Santa Rita de Cássia, o maior de Angola, localizado na província do Uíge. A par deste, existem bons governantes que com muito trabalho e dedicação procuram a todo o custo cumprir com as orientações do Presidente da Republica. Para frasear um ditado popular que diz “os bons não duram” mas a justiça permanece para sempre. Porque, existem indivíduos sem escrúpulo que procuram envenenar o circuito presidencial, fabricando situações embaraçosas contra seus compatriotas. Como lhe é peculiar e pela sua visão e profunda capacidade de análise e estratégia destes fenómenos medíocres, o Presidente da Republica volta a confiar uma nova missão ao jovem, um dos poucos pioneiros da OPA (Organização dos Pioneiros de Agostinho Neto), que presenciou a proclamação da independência de Angola, no dia 11 de Novembro de 1975, do primeiro de Maio, próximo de Agostinho Neto, José Eduardo dos Santos, Lanvu Norman, Comandante Iko Carreira, Loy, Nito Alves, Rui Monteiro, Maria Eugénia Neto, Rodeh Gil e outras figuras históricas. E para quem se recorda da foto célebre na proclamação da independência, o pioneiro (Zé) está com uma boina que lhe havia sido oferecido pelo comandante Bula, Grande Comandante da nossa história recente. Também a nossa reportagem constatou que foi um dos últimos pioneiros que colocou o lenço ao saudoso presidente António Agostinho Neto, na sua última digressão em algumas províncias do país, antes de partir para Moscovo (União das Republicas Socialistas Soviéticas).

Mesmo como pioneiro da (OPA), foi um dos mais destacados comandantes de estrelas da Organização de Pioneiros de Angola, tendo os antigos comissários do Uíge (Inácio João Baptista” Massunga Kota” de 1978/79, Lanvu Emanuel Norman de 1979/81, Manuel Quarta “ Punza” de 1981/84, Zeferino Estêvão Juliana de 1984/88), mostrando sempre interesse em privar com o pioneiro, momentos de debate, fruto de muitas ideias substânciais na resolução dos problemas das populações, que de certa forma motivava‐os.

É importante que se cumpra o legado deixado pelo fundador da Nação ao ter afirmado que “ o mais importante é resolver o problema do povo”. Contudo, este facto só será possível se os inimigos do povo, os chamados bajuladores, lambe botas, hipócritas, deixarem de semear intrigas em reuniões clandestinas para distorcerem a opinião pública contra outros dirigentes que podem ajudar a emergir uma nova Angola que a todos nós pertence.