Luanda - Luanda, desde o ponto de vista geográfico, não anda nada preparada para receber a raiva do céu, não obstante, este ano, houve um insulto atmosférico que vestia – se de chuvas imparáveis, que as mesmas colocaram ao relento inúmeras famílias por Luanda fora.

Fonte: Club-k.net

A priori, o nosso país, vive um momento difícil, decorrente da crise económica que nos afronta, todavia, neste âmbito, a rede de saneamento básico do meio, também foi alvo da crise económica que assola o país, não sendo suficiente dar soluções aos resíduos urbanos devido a escassez de recursos financeiros, neste prisma, as praças de lixo, resultantes do efeito degradante da crise que o país vive, jogaram um papel preponderante na proliferação de surtos epidémicos, e endêmicos, bem como na reemergência de patologias, tal fenómeno, se processou num circuito fechado envolvendo o sinergismo entre as chuvas e os resíduos urbanos.

 

As chuvas, são obras da natureza, no entanto, é necessário que todos nós tenhamos consciência deste fenómeno, e de então, que a sociedade no seu todo una esforços no sentido de ajudar ao país a pôr em termo esta crise que nos assola.

 

Este fenómeno desolador, deu lugar as enchentes nos hospitais, não tendo os hospitais, capacidades de resposta ao influxo de paciente que a eles acorrem, em virtude da crise que nos circunda.

 

Os cuidados primários de saúde, são a chave da estabilidade da saúde de qualquer comunidade, um ambiente insano, nada tem por dar aos seres que nele habitam, de então, o reparo das impurezas naturais constitui o alicerce da saúde pública.


Os centros de saúde, os postos de saúde, e hospitais municipais, devem cumprir o seu papel, que concerne a promoção da saúde, a protecção da saúde, a prevenção de doenças, o diagnóstico de patologias de forma coesa e baseada nos paradigma da medicina vinculada à evidências, o tratamento das enfermidades, a redução de danos e a manutenção da saúde da comunidade, com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das colectividade luandences.

O sistema primário de saúde, não tem vindo a dar respostas efectivas em termos de soluções basilares inerentes aos problemas de saúde da comunidade, o que de então, passa a superlotar o nível secundário (hospitais provinciais) e terciário (hospitais nacionais). Não se pode aceitar, que um centro de saúde, leva a vida inteira a transferir todos os casos que nele acorrem, nem no entando ter capacidade para nada resolver, transformando – se num verdadeiro centro de transferências dos doentes para os hospitais provinciais e nacionais, deixando da nobra missão do hospial, que visa reparar as desordens morfofuncionais que assolam a pessoa do deonte, dando – lhe de volta a saúde perdida.

Para que tenhamos uma saúde forte e vigorosa, há que enaltecer o paradigma da saúde pública, onde a prevenção é uma palavra de ordem; dar fôlego ao nível de assistência primária, para que tal nível se torne operante e efectivo, é necessário tornar a saúde pública funcionante, aproximar a saúde aos citadinos até as zonas mais recônditas do país, isso implicaria projectos e programas de acção capazes de tornar esse assunto vigente entre os citadinos, aliás, evitar – se – ia que as pessoas adoeçam com maior facilidade, assim reduzir – se – ia, o número de doentes e as enchentes nos hospitais.

 

Mas esses projectos de acção, somente ser – nos – iam possíveis, se, no entanto, tivéssemos de ultrapassar a crise económica que o país vive, pois que, não é possível a manutenção de interesses desta índole sem recursos financeiros.

 

Para tal, é necessário, um esforço titânico de todos nós, para que consigamos acabar com a crise financeira, ajudando o estado angolano, a encontrar mecanismos viáveis que dão soluções a presente situação de crise económica que o país vive.

 

É necessário um esforço acrescido, redobrado em termos de trabalho, por parte dos profissionais de saúde em todos os níveis, é necessário que se cumpra a nobre missão do profissional formado nesta área, cujo ângulo central é servir aos que padecem de doenças.

 

É necessário que os centros de saúde, os postos de saúde, os hospitais municipais, nas comunidades, estejam em condições de dar respostas aos problemas de saúde que circundam a comunidade, mas também, é imperativo que, se realizem programas de educação para saúde voltados às comunidades, de então, isso permitiria uma melhor organização do sector de saúde em Luanda, e de então, os níveis secundário e terciário estariam com menor fluxo de pacientes. É preciso realçar que a assistência primária é a mais eficaz, vantajosa, coesa e necessária para manter a saúde de uma comunidade forte e poderosa, mas isso implica a interacção multissectorial para que se consiga dar respostas a gama de problemas inerentes ao ambiental em que se vive e ao citadino que nele reside, um exemplo claro são: o sistema de saneamento básico do meio ambiente, a rede de esgotos sanitários pelas estradas, o fornecimento de mosquiteiros, a luta contra vectores, o controlo da produção de resíduos urbanos (gasoso, líquidos e sólidos), esses fenómenos, são cruciais para saúde, mas a sua manutenção é de interesse multissectorial.

 

A transformação da capital Angolana em sede do país, desde o ponto de vida económica e político, e de interesses além, atraiu consigo a imensidão migratória, excedentes de mão-de-obra provinda do campo, chegam à cidade de Luanda, onde exercem trabalhos manuais não especializados e muitos tornam-se vendedores ambulantes, outros transformam as ruas em apanágio para negócios, vinculado ao suprimento das necessidades que os sirvam de suporte, face às circunstâncias impostas pela vida que se leva em Luanda.

Surgem assim várias praças de tamanha dimensão, arrastando a sua dispersão sob o mapa geográfico que descreve Luanda, e espalhando consigo, a poluição urbana, que trás como consequências o desenvolver de mosquitos (veículo da malária, febre amarela, dengue, chicungunha), ratos (veículo da leptosprose), baratas (veículo da salmonelose, amebíase, giardíase e as demais DDAS) e moscas (veículos das gastroentopatias infecciosas, e das demais DDAS).

Profissões que envolvem deslocamento permanente, retiram de quem as exerce uma identidade adequada, a padrões valorizados pelas pessoas, ademais, a falta de higienização do espaço em que as mesmas executam seu acto de venda; o acúmulo imenso de lixo pelas ruas por onde vendem, retiram o seu autêntico valor e tornam cada dia que se passa mais difícil esta prática entre nós angolanos.

A ONU, anunciou recentemente que, o saneamento básico do meio é o factor decisivo para o combate do zika – vírus, este mesmo paradigma, serve também para a malária, a febre-amarela, a dengue e a chikungunia.

O COMBATE DO LIXO DEVE SER UMA MISSÃO DE TODOS OS HABITANTES DE LUANDA.

A prevenção constitui um recurso inigualável no que concerne a pugna contra moléstias endémicas ou epidémicas, assim como as questões atinentes a redução das doenças de índole crónica e somática. Prevenir encontra – se num lugar cimeiro com relação ao tratamento, podemos sem dúvida afirmar que, seria mais viável se considerássemos a prevenção como depositária necessária e urgente dos esforços permanentes dos cidadãos angolanos na busca da saúde permanente, em virtude do afastamento de suas vidas das ameaças advindas das enfermidades.

Devemos cuidar do meio ambiente com amor, carinho e patriotismo, somos nós mesmos os verdadeiros senhores que assumimos e assumiremos o destino da nossa saúde, hoje e no seu futuro amanhã, no entanto somente na consciência exacta do nosso comportamento poderemos salvaguardar a nossa saúde.

É necessário revitalizar a nossa atitude, não obstante, se não redefinirmos anossa atitude mesmo com esforço provindo da Elisal, a higiene estará longe de ser efectiva. É necessário a disciplina para que o entusiasmo que nos anima sirva a nossa inteligência.

Urinar ou defecar na rua constitui um acto ilícito antónimo ao civismo, prejudicial a saúde, deitar latas, garrafas ou outros resíduos nas estradas, constituem atitudes que ofuscam os desejos de termos um dia uma cidade limpa e sadia. No fundo de tudo entre o desejo de vermos uma Luanda limpa e isenta de enfermidades existe uma distância que chamada comportamento saudável.

 

Através da higiene seremos capazes de afastar a malária que abarrota nossos hospitais transformando bancos de urgências em campos de acampamento de utentes, afastaremos as gastroenterites e enterocolites que encontram o seu comando assentado no lixo, e imbuem no âmago social uma agregação de desarranjos intestinais, distorcendo a felicidade desfrutada pelo horizonte do homem, definhando a saúde de nossos meninos, mandando para o espaço celestial muitos de nossos irmãos.

 

No entanto, se o saneamento básico e a atitude saudável forem um preconceito, a doença será consequência, a nossa saúde estará algemada em enigmas que só reflectem situações problemáticas e complexas.

Temos de ajudar o estado a limpar Luanda, deixarmos de ser apenas críticos e não solucionadores de problemas, a crítica sem solução torna – se inoperante, e nada resolve, é necessário que tenhamos todos um comportamento saudável, desde as nossas casas, as ruas em que passamos, colocar o lixo em recipientes adequado, limpar o local em que vivemos. É necessário que as comunidades realizem campanhas mensais de recolha de lixo, e não esperar que o estado faça tudo, somos nós mesmos os verdadeiros sujadores das ruas, então seriamos nós os que deveriam intervir com ideias viáveis que visam combater o lixo, tornando Luanda mais limpa e sadia para se viver.

«JUNTOS SEREMOS CAPAZES DE TORNAR LUANDA LIMPA E SADIA PARA SE VIVER».