Ao discursar na abertura da III Conferência Nacional do MPLA, em Luanda, o presidente do partido disse ainda que tinha de ser garantida a liberdade de imprensa e de expressão e um bom funcionamento do sistema de justiça, que são “condições essenciais para o aprofundamento da democracia”.

José Eduardo dos Santos apresentou também as prioridades do Governo para o quadriénio 2009-2013 e defendeu que é necessário assegurar o crescimento da actividade económica privada.
 
O chefe de Estado angolano sublinhou que os desafios que lançou na abertura da conferência “não são promessas demagógicas porque são fundamentadas por um estudo elaborado por técnicos competentes sobre a realidade nacional, que teve em conta as necessidades do povo e os recursos da nação”.

Com um programa ambicioso de construção de um milhão de habitações, das quais 500 mil nas áreas rurais, o Presidente afirmou que a questão das habitações em Angola merece “insatisfação geral” e a “aposta vai para a construção de habitação social e para o alojamento de pessoas de média renda”.

José Eduardo dos Santos quer também apostar na boa governação, na reforma da Administração Local e da Justiça.
A Educação é também uma prioridade, tendo o chefe de Estado apontado para a criação de uma unidade de ensino superior ou médio em cada uma das 18 províncias angolanas.

Outras das prioridades estabelecidas por José Eduardo dos Santos foi a Saúde, nomeadamente no que diz respeito às mulheres grávidas e às crianças com menos de cinco anos.

O Presidente defendeu ainda que a formação de quadros deve também ser uma aposta do Governo do MPLA a sair das eleições legislativas de Setembro, apesar de, segundo lembrou, em 1975, ano da independência, Angola ter menos de 100 pessoas de formação superior e hoje já contar com 110 mil quadros com formação média e superior.

Sobre a estratégia eleitoral do MPLA, o presidente do partido advertiu os 1500 delegados que as eleições vão ser “altamente competitivas” e a “vitória não vai cair do céu” nem “vai ser entregue numa bandeja de prata”.

Apontando a experiência do MPLA à frente dos destinos de Angola, José Eduardo dos Santos garantiu que nenhum partido está melhor colocado para garantir o bem comum dos angolanos.

Fonte: Lusa