Lisboa - Os Serviços Prisionais angolanos, liderados pelo comissário António Fortunato estão a ser criticados nas redes sociais por darem água não tratada (para beber e tomar banho) aos detidos do estabelecimento prisional da cadeia de Caboxa, na província do Bengo. A referida água é diretamente retirada do Rio Danda.

Fonte: Club-k.net 

Governo angolano  submete detidos em condições desumanas 

Segundo se apurou, em condições normais os detidos consomem água que é trazida pelos seus familiares. Porém nos últimos dias, isto não tem sido possível, por efeito, de uma decisão do diretor da cadeia de Caboxa, Superintendente Chefe Armindo José Moniz que mantém há mais de 10 dias, os presos em regime de punição e em condições desumanas. Faz parte do castigo a não recepção de bens alimentares levados pelos familiares, a confinação dos mesmos numa cela sem direito a banho de sol, que já lá vão mais de 10 dias.

 

Entre os reclusos que estão em condições desumanas, incluem quatro presos políticos acusados pela PGR de planearem um golpe de Estado e atentarem contra a vida do Presidente José Eduardo dos Santos, do famoso caso 15 + 2. Eles são Sedrick de Carvalho, Arante Kivuvu, o Inocêncio de Brito e Benedito Jeremias.

 

No passado dia 4 de Abril, os reclusos da Cadeia de Caboxa, realizaram uma rixa que resultou na morte de um detido. Porem, na presença do delegado provincial do Interior do Bengo, comissário Francisco Ferreira Paiva, que deslocou-se aquele recinto prisional para se informar a cerca do incidente, um dos lideres da rixa, identificado por “Chocolate”, admitiu que o seu grupo protagonizou os tumultos em protesto aos maus tratos de que estariam a ser alvo por parte do diretor Armindo Miniz.

 

Central Angola, fala em homicídio tácito por parte das autoridades angolanas

 

Sobre o mesmo tema, o portal “Central Angola 7311”, através de um texto cuja integra publicamos fala em “homicídio tácito por parte das autoridades angolanas”.

  

“A água de consumo para os reculos na cadeia de Cabocha, no Bengo, é imprópria para consumo. Não passa por nenhum processo de tratamento. Ou seja, é canalizada diretamente do rio para as torneiras da unidade penitenciária.”

 

“No interior da cadeia foi montada uma cantina para “facilitar” o acesso à alguns bens de primeira necessidade incluindo a água. A garrafa de água de 1,5L é vendida à 130 Kwanzas.”

 

“É vetada a entrada de produtos similares aos que estejam a ser comercializados na cantina e a água não foge à regra. Os familiares são obrigados a depositar valores que são descontados a medida em que o recluso vai solicitando bens à cantina.”

 

“Como devem imaginar, Por não ter posses para a aquisição do bem preciosos na cantina, a maioria dos reclusos bebe a água que jorra das torneiras, nas condições em que apresentamos nas imagens fornecidas por um funcionário da prisão que nos pediu anonimato.”

 

“Acreditamos que descarta-se qualquer tipo de exame à esta água para concluir que a mesma é imunda e imprópria para consumo.”

 

“Dar esta água aos reclusos, cá para nós, é o mesmo que sentencia-los à morte, ainda que lenta e silenciosa. Acreditamos que esta situação não seja exclusiva para a cadeia de Cabocha. É caso para confirmar!”

 

“Não se espantem se aparecerem aqui os “iluminados” com discursos floreados para tentarem nos fazer crer que “a água fornecida nas nossas cadeias está em ótimas condições para consumo”.