Lisboa -  A Procuradoria Geral da República de Angola reabriu a investigação aos acontecimentos que levaram à queda do Banco Espírito Santo de Angola (BESA). O Expresso apurou que as autoridade judiciais querem saber o que levou à criação de um buraco de quatro mil milhões de dólares na instituição e estão a pedir novas informações, estando a ser “ajudadas” por autoridades judiciais portuguesas.

Fonte: Economia

Em Luanda, a reabertura do processo está a ser lida como uma tentativa de limpar a imagem de Angola junto da comunidade financeira internacional. A queda do BESA teve consequências imediatas na forma como várias autoridade de supervisão percecionam o risco Angola, nomeadamente na Europa e nos Estados Unidos.

 

O Expresso apurou também que o buraco do BESA foi transferido para a ENSA, a principal seguradora do Estado angolano, mas que irá acabar por ser assumido pelo Tesouro já que aquela entidade não tem capacidade financeira para o suportar. Na lista dos devedores ao BESA, figuram, entre outras personalidades, o vice-­presidente do MPLA, Roberto de Almeida, a irmã do Presidente angolano, Marta dos Santos, o  antigo administrador da Escom e outras proeminentes personalidades do regime de Luanda.