Luanda - Cinco dos 17 activistas condenados recentemente pelo Tribunal Provincial de Luanda às penas de dois a oitos anos de prisão efectiva, foram notificados na Comarca de Viana, na última semana, por agentes do SIC-Serviço de Investigação Criminal para responderem ao crime de Destruição do Património do Estado, durante o período em que os activistas permaneceram em prisão preventiva, assim apurou a Rádio Despertar.

Fonte: Rádio Despertar

“15+2” acusados de destruirem o Tribunal de Luanda

Segundo consta, foram intimados na última quarta-feira, a responder pelo crime de Destruição do Património Público, os activistas: Benedito Jeremias também conhecido por Dito Dalí, Afonso Matias Mbanza Hanza, Arante Lopes Kivuvu, Albano Bingo Bingo e Manuel Nito Alves.

 

A Despertar sabe de fonte segura que, um dos responsáveis dos Serviços de Investigação Criminal teve a pretensão de interrogar os arguidos na ausência dos advogados de defesa, mas segundo dados, os activistas não aceitaram prestar depoimentos sem a presença dos seus defensores.


A fonte dos Serviços Prisionais indica que, Benedito Jeremias Dito Dalí, Mbanza Hamnza, Arante Lopes Kivuvu, Albano Bingo Bingo e Manuel Nito Alves, cinco dos 17 condenados no conhecido processo dos “15+2”, são acusados de danificar portas, uniforme prisional e outros meios não precisados pela fonte.

Os dados avançados pela nossa fonte sustentam que os acusados estão moralmente tranquilos, por entenderem que, em momento algum danificaram qualquer Património do Estado, pois acrescenta que, os que destroem o Património do Estado são os governantes que supostamente delapidam diariamente o dinheiro do erário público deixando o país em banca rota, fruto de uma gestão danosa.


A fonte descreve também que os alguns dos activistas que se encontram na Comarca de Viana dormem fora das celas, isto é, no Penal do Pátio do Quintal em protesto contra a violação do princípio de Compartimentação por parte dos responsáveis da Cadeia de Viana, bem como exigir melhores condições de acomodação.


Segundo apurou a Rádio Despertar, os activistas passam as noites no pátio do estabelecimento prisional desde o dia 21 do corrente mês por razões de segurança, porquanto, estão misturados com indivíduos altamente perigosos e pedem que todos os arguidos condenados no mesmo crime sejam colocados na mesma cela em respeito ao princípio da Compartimentação do Crime.


A fonte argumenta que Benedito Jeremias Dito Dalí, Mbanza Hamnza, Arante Lopes Kivuvu, Albano Bingo Bingo, Nelson Dibango, Manuel Nito Alves, incluindo o jovem Dago Nível, condenado sumariamente a 8 meses de prisão efectiva por considerar em tribunal que o julgamento era uma “palhaçada”, vão manter o protesto até que as autoridades carcerárias cumpram com o que estabelece a Lei Penitenciária quanto a Compartimentação do Crime.


A Despertar sabe de fonte segura que, os condenados pelo assassinato de Alves Kamulingue e Isaías Cassule gozam de melhores condições de acomodação na Comarca de Viana e não usam o uniforme dos presos.


Segundo dados apurados, os mesmos têm uma vida diferente dos demais reclusos. Têm acesso a computador, não são escoltados sempre que vão ao jango e dormem em caserna com ar condicionado.