Benguela - Há “supostamente” no seio do maioritário em Benguela, insatisfação de alguns dos seus militantes pela actuação/comportamento do primeiro secretário provincial Isaac dos Anjos (IA).Pois, que esses usam à imprensa, “instrumentalizam” outros militantes e jornalistas para que tornem público “pequenas querelas político-partidárias” e sobretudo os “interesses económicos” do também governador.

Fonte: Club-k.net

Por seu turno IA exerceu o seu “direito de resposta” à medida, expondo os seus argumentos e destratando os seus detractores.


Não faremos um julgamento público. Entretanto, faremos uma observação de todo alarido e como sempre qualquer imputação deverá ser feita somente a nós. Ora, a verdadeira luta no seio dos camaradas não é, no fim das contas, o crescimento e fortalecimento do partido nesta circunscrição. Mas, sim os negócios.


Durante algum tempo, aparentemente Benguela criara uma classe de empresários maioritariamente, "empresários-militantes-camaradas” (pessoas que usam o cartão de membro do M para fins económicos), pois, que o acesso aos negócios da Província era feito por “ordens superiores” ou nas avenidas de Luanda, outras vezes, em “sociedades financeiras” ou com favores dos homens da capital, no Bureau Politico, no Comité Central ou nos corredores do palácio presidencial.

Isto significava estar sempre na linha de frente dos negócios e muitos nunca foram e não conseguiram tornar-se empresários, “viveram uma vida” boémia e totalmente despreocupadas com o futuro.


E durante os tempos áureos que dominavam os principais “contratos financeiros “ (construção civil, serviços e outros) viviam à margem da verdadeira gestão empresarial, esbanjavam a bel-prazer, porquanto sabiam que no dia seguinte, ganhariam novamente “ os concursos públicos”.


Ora, a chegada à Benguela de IA com todos os atributos e criticas que lhe são conferidas, aliás não é um santo. Pois, preteriu alguns dos “empresários-militantes-camaradas”, outrora donos indiscutíveis dos grandes negócios da Província. E esses em parceria com os seus amigos, sócios e compadres sobretudo no poder em Luanda e alguns “instrumentalizados” jornalistas fazem uma guerra expondo toda maldade de IA.

Esqueceram-se dolosamente dos tempos da bonança quando tudo que era “concurso público” passava nas suas mãos. Ora, até alguns desses insatisfeitos têm dinheiro por devolver aos Bancos, aos cofres do Estado por não concluírem as obras e serviços que foram pagos na totalidade pelo dinheiro de todos nós.Basta abrirmos os arquivos!


É verdade que cada governante quando assume o poder recruta, infelizmente, os seus empresários e empresas, e em alguns casos são os menos competentes e interessados unicamente nos seus bolsos. O que é mau.


Benguela não tem uma classe de empresários competitiva, quase tudo é feito com base nos “acordos de cavalheiros”, há grupos que dominam determinados negócios, não é, porque são bons homens de negócios mas sim porque têm “bons amigos”.

A guerra entre IA e alguns “militantes-empresários-camaradas” não é para o engrandecimento do partido é única e exclusiva por causa da “ má distribuição dos negócios em Benguela”.


A arrogância de IA sobretudo no uso das palavras (alguma vezes “pouca pedagógica”), tumulto no Comité e outros são pretextos para ludibriar a opinião pública e os militantes menos atentos. Portanto, o problema é a sombra do dinheiro.

Domingos Chipilica Eduardo