Luanda – Uma delegação da UNITA, chefiada pelo líder, Isaías Samakuva, visitou hoje o grupo de jovens activistas a cumprir pena no Hospital-Prisão de São Paulo, encontro para o qual o luso-angolano Luaty Beirão se mostrou, alegadamente, indisponível.

Fonte: Lusa
A visita àquele estabelecimento prisional enquadrou-se numa ronda prevista pelo líder do maior partido da oposição angolana para esta semana a várias cadeias de Luanda, com o objectivo de avaliar o estado das mesmas.

Em declarações à imprensa, Samakuva considerou boas as condições do local, a partir do nível de qualidade dos funcionários e que no contacto com alguns dos detidos os depoimentos sobre o tratamento foram positivos.

Já com o grupo de jovens activistas detidos naquele hospital prisão, as opiniões divergem quanto ao tratamento, referiu o líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).

"De uma forma geral queixaram-se de algumas condições também estabelecidas na lei e que pedem que as autoridades competentes possam satisfazê-las. Tivemos uma conversa com eles, achamos que do ponto vista espiritual estão com o moral alto, firmes nas suas posições já conhecidas, com as quais nós ficamos solidários", frisou.

O líder da UNITA lamentou o facto de a delegação não ter conseguido ver o ‘rapper' e activista Luaty Beirão, que se mostrou indisponível para o encontro.

"Nós temos de lamentar o facto de não termos conseguido ver o Luaty Beirão, que, pelo que nos disseram, está neste estabelecimento. Disseram-nos que está indisponível, que não nos desejava ver, mas vimos os outros restantes sete que se encontram aqui, com opiniões diferentes em relação ao seu tratamento", disse.

O calendário de visitas do presidente da UNITA reserva para os próximos dias deslocações à Cadeia Central de Luanda, à Comarca de Viana, à Cadeia de Calomboloca e à Cadeia de Kaquila.

Os 17 activistas angolanos deste processo foram condenados pelo tribunal de Luanda, 28 de Março, a penas de prisão entre os dois anos e três meses e oito anos e meio, por crimes de atos preparatórios para rebelião e associação de malfeitores.