Brasil - A Suprema Corte da Costa do Marfim rejeitou, nesta quinta-feira (26), o recurso apresentado pela ex-primeira-dama marfinense Simone Gbagbo, tornando definitiva sua condenação a 20 anos de prisão por atentar contra a Segurança Nacional. A informação foi dada por um de seus advogados.

Fonte: Globo

O advogado Rodrigue Dadjé criticou a "decisão política" e considerou que "há argumentos jurídicos suficientes para anular a condenação".


Mulher do ex-presidente Laurent Gbagbo e atualmente detida em Abidjan, Simone foi condenada em 10 de março de 2015 a 20 anos de reclusão por "atentado à Segurança Nacional". A pena aplicada foi o dobro da que havia sido pedida pelo Ministério Público.


Ela foi julgada com outros 78 acusados por seu papel na crise deflagrada pela recusa do ex-presidente Gbagbo de reconhecer a vitória de Alassane Ouattara à Presidência, em novembro de 2010.


A onda de violência que marcou a crise pós-eleitoral de 2010-2011 deixou mais de 3.000 mortos em cinco meses.

Michel Gbagbo, filho do ex-presidente de um primeiro casamento com uma francesa, foi condenado a passar cinco anos atrás das grades.
Atualmente sendo julgado na Corte Penal Internacional de Haia, Laurent Gbagbo também deve comparecer à Justiça, em 31 de maio, em Abidjan, em um processo por crimes contra a humanidade durante a crise pós-eleitoral.