Lisboa - O Tenente- general Eugénio Cesar Laborinho voltou a violar a constituição angolana que proíbe os militares no activo de participarem em atividades politicas. Neste sábado, 28 de Maio, este militar participou como delegado a conferência ordinária do MPLA, em Luanda,  conforme atesta a  imagem  que o Club-K teve acesso.

 Fonte: Club-k.net

Constituição proibi militares no activo de envolverem se na política 

Eugénio Cesar Laborinho, é um militar  oriundo da Segurança de Estado  que no segmento da abertura do multipartidarismo passou para as Forças Armadas Angolanas (FAA). O mesmo encontra-se em comissão de serviço no Ministério do Interior exercendo o cargo de Secretario de Estado para a protecção civil.  De acordo com consultas, caso o mesmo deseja dedicar-se a politica activa deve solicitar a sua passagem  a reforma como fez, em 2012, o Almirante André Mendes de Carvalho “Miau” da CASA-CE, e outros oficiais superiores das FAA  que estão a serviço da causa do MPLA.

 

 

De acordo com registros, está  não é a primeira vez que este tenente-general angolano é apanhado a violar a constituição fazendo política.   Em Setembro de 2014, incorreu em praticas idênticas ao participar na conferência provincial da JMPLA, em Luanda que havia reconfirmado o então primeiro Secretario provincial, Tomas Bika. Na altura, próximos do general alegaram que o mesmo não estava a fazer política mas sim estava como convidado e em representação do Ministério do Interior que era parceiro da JMPLA, na luta do combate a sinistralidade nas estradas de Angola.

 

O Tenente-general Laborinho é também o oficial que em Abril de 2015, foi despachado para averiguar o caso do massacre que as forças de segurança (Polícia e PIR) desencadearam  contra membros da Igreja do “Sétimo dia: a Luz do Mundo”, no município da Caala, no Huambo. Destacou-se com as insinuações incendiarias  de que o pastor Julino Kalupeteka teria sido militar da UNITA.

 

“Hoje mesmo encontramos material de propaganda da UNITA, também sabemos, pelo cadastro, que Kalupeteka foi soldado da UNITA, eis porque nas buscas que se estão a fazer na montanha do Sumi encontrou-se armamento, uma série de objectos contundentes, candjavites e outros meios e armas brancas que serviram para matar os nossos oficiais superiores e também encontramos uma grande reserva logística, não sei por que razão, e muitos documentos que foram canalizados a investigação criminal” disse Laborinho aos jornalistas no dia 17 de Abril, dois dias depois do confronto com a Polícia no monte S. Pedro Sumi, de que resultou a morte de nove efectivos policiais e de treze civis alegadamente pertencentes a seita.

 

Como é consabido, tem sido pratica dos generais do regime participarem em actividades politicas mesmo estando no activo. O “mau exemplo” tem vindo dos próprios superiores hierárquico do general Eugénio Laborinho.

 

Nas eleições gerais de Agosto de 2012, o chefe da casa de segurança da Presidência da República, general Hélder Manuel Vieira Dias “Kopelipa” compareceu, na campanha eleitoral trajado com as cores da bandeira do MPLA. Um outro colega, o general António José Maria, chefe dos Serviços de Inteligência e Segurança Militar (SISM) esteve também na campanha usando o seu uniforme militar.