Luanda - A República de Angola é um estado democrático de direito que tem como fundamentos a soberania popular … In, “Constituição da República de Angola”. Os vários tipos de crises que o pais atravessa actualmente, remota a quarenta anos e mais alguns meses (atrás), quando uma máfia disfarçada de libertador usurpou os poderes do estado, lá instalou-se, depois, transformou-se em (des)governo neocolonialista, nepotista e tirano…

 Fonte: Club-k.net 

Após o calar definitivo das armas, com as suas doenças (males do passado) ainda superável, o regime teve óptima oportunidade: Refundar a nação a fim de trilhar o caminho da democracia transparência e do respeito pelos direitos humanos. Mas, a sua génese e a fraca capacidade de leitura do contexto, o motivou a fugir dos esforços terapêutico recomendado pelo ocidente, antes da conferência de doadores, e, optou na aliança com o seu homólogo, governo comunista Chinês, com o petróleo em alta juntos embarcam em odisseia mafiosa…

 

A ascensão das vozes criticas, posteriormente as manifestações, produziu desequilíbrio na estrutura do regime, que, mascarada em democrata, usou, usa e usará artimanhas para estancar todas as formas de manifestações contra a (des)governação e caso o critico por em causa o poder usurpado, a máfia elimina fisicamente.

 

Como todas as causas têm sempre os seus efeitos, actualmente, o país estagnou sobre múltiplas crises, a sentir os efeitos dos inúmeros erros causado pelo (des)governo a anos, e já sem soluções para (solucionar) os reais problemas da nação, praticamente (o regime) está a ruir, restando-lhe apenas a luta pela defesa e manutenção do poder, sem importar-se com os meios para alcançar os fins. Prevê-se que, com o passar do tempo os nervos vai aumentando gradualmente.

 

 

Nos regimes tiranos, não é benéfico que o povo continua a despertar da letargia, torna-se por demais evidente que, quem luta diariamente para que a consciência colectiva desponta será sempre considerado um alvo a abater, entrando aí a (contínua) perseguição e repressão dos activistas.

 

 

O caso mediático recente ocorreu, 20 de Junho de 2015, quando o regime “brindou” com o já habitual abusou do poder, mas, surpreendeu com o nível de irracionalidade, invadiu a livraria kiazele e deteve ilegalmente, jovens activistas que usufruíam do artigo 47 constitucionalmente consagrado, para debater pacificamente métodos de acções não violentas, baseado no livro de Domingos da Cruz adaptado ao livro de Gene Sharph.

 

 

No mesmo dia, ilicitamente invadiu as residências dos detidos, apreendeu vários bens materiais, sem informar (aos detidos e aos familiares) levou-os em paradeiros desconhecido, começou com a “caça as bruxas”: Mais buscas e detenções ilícitas de dois activistas, interrogatórios agressivos na ausência de advogados, apreensão de bens matérias; declarantes passaram a arguidos, manifestações abortadas, perseguições, raptos, aumentou o clima de terror na sociedade civil. Com os mesmos já em sua posse, submeteu-lhes sob torturas psicológicas e alguns agredidos fisicamente.

 

 

Com o tempo de prisão preventiva expirado e a pressão interna e externa em alta, a procuradoria “inoperante” não conseguiu montar a peça teatral, então, inventou ai uma merda qualquer para sustentar a acusação contra os activistas, remeteu o processo (15+2) em tribunal, aonde aconteceu o julgamento da palhaçada, mesmo sem provas, mas por sede de vingança, a mafia os condenou e mandou mensagem clara a sociedade civil.

 

 

Para completar a peça teatral e a palhaçada, desde as detecções até após condenação dos activistas, o regime veio sempre (a púbico) tentar convencer a opinião pública a cerca da sua engenhoca, seguido das fanfarras dos seus sequazes defensores da tirania. Infelizmente viu a sua intenção frustrada, só ajudou na conclusão sobre a verdadeira face do tipo regime que (des)governa o pais.

 

 

O processo 15+2 assemelha-se ao Processo 50, quando 1959 numa onda de detenções a PIDE prendeu cerca de 50 cidadãos, acusados de conspiração contra o regime colonial português e foram condenados entre três anos e meio e doze anos de prisão, na qual despertou atenção da comunidade internacional. Infielmente, os “libertadores” não aprenderam com a história e acabaram por transformar-se em opressor.

  

* Activista dos direitos humanos