Luanda - O recém-reconduzido primeiro secretário do MPLA, Marcelino Tyipinge, considera as acusações como sendo “infundadas e que os seus mentores são financiados pela Oposição.

Fonte: OPais

A denúncia vem de alguns actores afectos a Organizações da Sociedade Civil sedeadas na região sul do país, mais particularmente da Huíla que, de forma reiterada, denunciam práticas de tribalismo e de nepotismo no governo de João Marcelino Tyipinge.

 

Anselmo Vieira, da organização não-governamental DW, afirmou a OPAÍS, que o fenómeno ganhou corpo durante as duas últimas “mexidas” acontecidas no Executivo local, que supostamente terão ocasionado a entrada de quadros maioritariamente da tribo Nyaneca Humbi. O activista acrescentou também que maior parte dos nomeados fazem parte da família do governador ‘e não possuem mérito para ocupar tais lugares na governação’.


O responsável cívico esclareceu que apesar das queixas das organizações afins e da população, esta situação situação marcada por mudanças constantes de rostos, este estilo de governação contínua imutável e baseada no “jogo das cadeiras”.

 

Anselmo Vieira reforçou que tal estratégia focou bem patente nas recentes nomeações em consequência das quais os mesmos administradores foram transferidos “de um município para outro”. A fonte descreveu tal situação como sendo recorrente e que ganhara mais notoriedade desde a nomeação do actual governador.


“Está mais visível agora que o poder está concentrado nas mãos dos Nyanekas’ concluiu. Por sua vez, o padre católico, Jacinto Pio Wakussanga, admitiu que o alegado nepotismo é mais visível ao nível dos principais colaboradores e assessores do homem forte da Huíla. Ressalvou não ser “mal de todo” desde que os contemplados façam jus à competência exigida para ocuparem os referidos cargos.