Luanda - A África é o terceiro continente mais extenso atrás da Ásia e da América, com cerca de 30 milhões de quilométros quadrados, contribuindo 20,3% da área total da terra firme do planeta. É o segundo continente mais populoso da terra (atrás da Ásia) com cerca de um sétimo da população mundial, e 54 países independentes.

Fonte: Club-k.net

O Continente ainda hoje paga pelas agressões do expansionismo europeu e árabe, na busca inicialmente, de metais e produtos raros, como o ouro e o marfim, e de mão-de-obra barata – os escravos, e, mais tarde, de terrenos para o cultivo industrial de produtos agrícolas, como o algodão, o sisal, o cacau, o café, e outros mantendo no entanto a exploração do africano, não já como escravo, e dos seus recursos naturais.

Os conflitos são outros dos flagelos que a África parece não conseguir libertar-se. Uns resolvem-se mas logo, noutro ponto do continente surgem. As causas dos conflitos vão desde a pobreza, a falta de oportunidades económicas, as animosidades étnicas e religiosas, a corrupção, a má governação, o branqueamento de capitais, a falta de transparência na gestão do erário público, a alternância do poder, a fraqueza e a diluição da administração e do poder dos Estados. A intervenção de tropas, serviços especiais ou de movimentos rebeldes de estados vizinhos, para além das actividades de outros actores, como os traficantes de diamantes e de armas, têm também tido um grande impacto na duração e na ferocidade dos conflitos.

Outro grave problema existente em África é o da posse das terras e da injustiça da sua distribuição – a maioria desses espaços nas mãos de minorias e, em alguns casos, nas mãos de estrangeiros, na sua maioria ex-colonos e a elite governante.

Para quando o sonho do cidadão africano? Ou do pan-africanismo?

O sonho dos africanos anda perdido em águas bálticas onde o bacalhau invadiu as redes e o pescador descontrolou-se do anzol sob o medo de afundar e depois ser comido pelos peixes sem que mereça da indulgência dos mesmos.


Depois da transformação da OUA para UA, a cidadania africana sentiu-se traída pelo que os princípios que nortearam o pan-africanismo foram totalmente desviados para a esfera da política do sentido único do poder. O Continente criou chefes e não líderes, criou corruptos, demarcou-se do primado da Democracia para Autocracia, Plutocracia, partidocracia, oligarquia, Timocracia e anarquia que levou o continente numa esfera incomparável de Pobreza extrema, Tráfico de drogas e de seres humanos, má governação, branqueamento de capitais, morte, perseguição e exilo de opositores,  

 

A ressurreição do pan-africanismo pode vir a colocar alguma ênfase na não-aceitação das fronteiras definidas pelo colonialismo, como de resto foi sempre a correcta política da OUA.

Trinta dos países mais pobres do mundo (com problemas de subnutrição, analfabetismo, baixa expectativa de vida) pelo menos 21 são africanos. O PIB de África é de 1 % do PIB mundial.

A integração política; a priorização da integração económica regional; a ideia de que integração deve ser fundada numa base alargada e popular. A importância de se considerar o Homem como actor e beneficiário das transformações que se pretendem; o importante papel da Mulher e da Juventude; e a mobilização da Diáspora.

Em 1970 havia 360 milhões de africanos, os quais representavam um décimo da população mundial. Caso a natalidade caia mais ou menos como no periodo de 1970 a 2000 na Ásia, haverá 2,1 bilhões de africanos em 2050. No mundo, as mulheres têm, em média, dois filhos em quanto na África, esse número sobe vertiginosamente para cinco.

Primavera Árabe É o nome dado à onda de protestos, revoltas e revoluções populares contra governos do mundo árabe que eclodiu em 2011. A raiz dos protestos é o agravamento da situação dos países, provocado pela crise econômica e pela falta de democracia. A população sofre com as elevadas taxas de desemprego e o alto custo dos alimentos e pede melhores condições de vida.

Ditaduras derrubadas A onde de protestos e revoltas já provocou a queda de quatro governantes na região. Enquanto os ditadores da Tunísia e do Egito deixaram o poder sem oferecer grande resistência, Muammar Kadafi, da Líbia, foi morto por uma rebelião interna com ação militar decisiva da Otan. A guiné Bissau, é um país instável onde o poder político não consegue impor-se para repor a legitimidade, liberdade, a paz e o bem estar-social dos povos.

As cimeiras e consignação de vários acordos entre os estados soberanos de África e os outros continentes demonstram claramente a postura de estados pedintes e de lideres com políticas que não são capazes de proporcionar a justiça, o bem estar economico-social dos povos que governam. Os exemplos demonstram por aquilo que a África é capaz de dar a outros continente e o que ela recebe deles.

3,4 milhões de pessoas receberam formação técnica e profissional em 2007 a 2013 graças a ajuda da UE.

Em África, durante o mesmo período, matricularam-se no ensino básico 9,4 milhões de novos alunos (ODM 2) e, até à data, inscreveram-se no ensino secundário 170 mil novas alunas de todas as idades (ODM 3).

André Pinto