Luanda - A China, Angola e os Estados Unidos da América foram, entre os principais países clientes das exportações portuguesas, os que registaram as maiores reduções homólogas em abril, com quebras de 60,9%, 46,8% e 15,6%, respetivamente, divulgou hoje o INE.

Fonte: Lusa

De acordo com os dados relativos ao comércio internacional de Portugal divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em abril de 2016 "as maiores reduções homólogas verificaram-se nas exportações para parceiros extra-União Europeia", que no global recuaram 19,7%, para 942 milhões de euros.

 

Em termos absolutos, as exportações para a China diminuíram 52 milhões de euros em abril face ao mesmo mês de 2015, para 34 milhões de euros, enquanto as vendas para Angola recuaram 81 milhões de euros, para 92 milhões de euros, e para os EUA desceram 37 milhões de euros, para 198 milhões de euros.

 

Em abril, o principal cliente das exportações portuguesas continuou a ser, de forma destacada, a Espanha, com uma taxa de variação homóloga de 5,9%, para 1.108 milhões de euros, seguido da França (+7,6%, para 559 milhões de euros) e da Alemanha (-1,4%, para 513 milhões de euros).

 

Considerando o trimestre terminado em abril, o mercado de Angola destacou-se com maior quebra nas exportações (-45,7%, para 297 milhões de euros), seguido da China (-42,1%, para 142 milhões de euros) e dos EUA (-15,9%, para 539 milhões de euros).

 

Em relação à variação das importações, o INE destaca os aumentos registados em abril nos três principais mercados fornecedores de Portugal (Espanha -- 0,5% para 1.607 milhões de euros, Alemanha -- 2,8% para 692 milhões de euros e França -- 10,1% para 416 milhões de euros), que foram "mais do que compensados" pelas reduções nos outros mercados, nomeadamente Angola, que "foi o país que mais contribuiu para a redução global das importações" em abril (-65,4% para 35 milhões de euros).

 

Como resultado, Angola e os EUA deixaram de pertencer aos 10 maiores países fornecedores de Portugal, tendo o Brasil e a Suécia atingido respetivamente a 9.ª e 10.ª posições neste mês.

 

Em termos trimestrais, entre fevereiro e abril, as maiores quebras nas importações registaram-se nos EUA (-26,6%, para 188 milhões de euros), Angola (-13,8% para 216 milhões de euros) e Reino Unido (-12,2% para 481 milhões de euros).