Luanda - Augusto Teixeira Jorge de Matos, Ministro das Finanças (MINFIN) entre os longínquos 1982 á 1990 é, aos 80 anos de idade, um homem bastante lúcido e com “pujança” de invejar. Antecedido apenas por 2 Ministro (Saydi Mingas e Ismael Gaspar Martins) mas sucedido por 12 em apenas 24 anos, Teixeira de Matos lamenta não ter podido implementar em 8 anos de seu “consulado” tudo aquilo que eram suas aspirações em termos de política económica e financeira para o país.

Fonte: Club-k.net/ZTV

Convidado pelo programa “Memórias da Independência” da TV-Zimbo, aquele que contra toda a pressão vinda entre outras, do seio do seu próprio partido MPLA, assinou o primeiro Acordo Básico de Cooperação com o FMI, lamentou as várias e precipitadas reformas monetárias que o país operou apoios a independência. “ Troca de moeda faz-se apenas uma vez. A primeira foi necessária devido a independência, mas as que se seguiram foram um grande erro e estamos a pagar as consequências até hoje”, rematou o ex-governante.

“Quero ver o pais a andar para frente”

“Não podemos viver só do petróleo”, acrescentou Matos em alusão a actual crise financeira e económica, defendendo o envolvimento da juventude no processo de transformação do país. Quanto a actual situação crítica do país, o ex-governante afirmou peremptoriamente que tanto o Ministério das Finanças como o da Economia “não têm Programa, apenas linhas orientadoras” [para sair da crise], “Essa é a minha opinião”, esclareceu.


Perguntado sobre seus desejos principais, o ex-Ministro respondeu: “ Quero ver o pais a andar para frente porque o país parou. As coisas têm que ser bem feitas.”, disse.


Augusto de Matos elegeu a “ o trabalho, a saúde e reinserção social”, como sendo os pilares básicos para o desenvolvimento de Angola.