Luanda - No espaço de uma semana, primeiro como Presidente da República e agora como líder do MPLA, o cidadão José Eduardo dos Santos, fez uma lúcida apreciação daquilo que é a actual realidade do país.

Fonte: JA

Insistindo em chamar-nos a atenção para os aspectos mais determinantes daquilo que é o momento difícil que atravessamos. Tanto numa como na outra das suas duas intervenções, José Eduardo dos Santos sublinhou que o Governo não está a receber receitas da Sonangol desde o início do ano devido ao abaixamento do preço do petróleo no mercado internacional, facto que é decisivo para a difícil situação que o país vive neste momento.

Mais uma vez, o Chefe de Estado e líder do MPLA apontou como prioridade máxima o redobrar dos esforços para que seja conseguido um ritmo mais acelerado na aplicação dos programas em curso para a diversificação da economia nacional, sublinhando o papel que a banca deve desempenhar no apoio ao investimento e à prosperidade das famílias.


Todos estes desafios que se colocam ao país, para serem vencidos, precisam forçosamente de um ambiente de paz e de estabilidade que não se compadece com jogos florais da parte daqueles que, por terem assento no Parlamento, têm também responsabilidades acrescidas para com a população no sentido de as proteger e garantir a sua segurança. Foi por isso e, sobretudo para sublinhar a importância que dá à segurança e à estabilidade das populações e do país, que o Presidente José Eduardo dos Santos sentiu a necessidade de, mais uma vez, falar da obrigatoriedade de todos os Angolanos, independentemente do partido ou da religião a que pertençam, terem o dever de defender a paz e a estabilidade, reafirmando o seu compromisso de não permitir a abertura de um espaço que possa minimamente facilitar um inimaginável e indesejável regresso à guerra.


Abordando directamente os recentes tumultos registados no Cubal, o Chefe de Estado condenou vivamente os actos de violência e lamentou que volvidos 14 anos desde o fim da guerra tenha acontecido este incidente entre militantes da UNITA e do MPLA.


De modo muito claro, José Eduardo dos Santos disse que os cidadãos e as pessoas colectivas, partidos políticos ou associações, devem recorrer às autoridades quando alguém tentar violar ou violar de facto os seus direitos e nunca fazerem justiça por conta própria.


Esta posição, claramente expressa pelo Presidente da República e líder do maior partido em Angola, deve incentivar todos os protagonistas políticos do país, independentemente da sua filiação política, a defenderem a indispensabilidade da paz e da estabilidade como forma da sua própria participação no esforço nacional rumo à saída do actual momento difícil que atravessamos.


A pouco menos de um ano da ida às urnas, para o cumprimento democrático do calendário eleitoral, estas declarações deixam clara a intenção de José Eduardo dos Santos continuar ser um jogador muito activo no xadrez político, uma espécie de “capitão” inspirador do esforço conjunto para que não se perca de vista o essencial: a defesa das conquistas democráticas que foram conseguidas com o fim da guerra.


Trata-se de conquistas e de obras que falam por si e que deverão ser norteadoras da actual e futura acção política e social das diferentes formações partidárias, que são mais uma vez chamadas a darem o melhor de si para que os Angolanos possam, dentro de um ano, votar com tranquilidade e escolherem livremente por quem querem ser dirigidos.


José Eduardo dos Santos, com lúcida realidade que lhe é reconhecida, mais uma vez, tomou a iniciativa ao apelar ao esforço conjunto dos Angolanos, restando agora saber se todos, verdadeiramente, estão interessados e empenhados em dar o seu contributo para que possamos continuar a ser felizes e a ter esperança no futuro.