Luanda - Tal como afirmei no artigo anterior: “é necessário tentar entender ao máximo, as reais motivações por trás da tal liberdade condicional”, Isto é, dos (15+2) presos políticos...

Fonte: Club-k.net

Prevendo as outras acrobacias com maior realce as eleitorais e a sucessão do tirano, fica visível a pretensão da máfia em querer lavar a imagem com propósito de re-fortificar e “refocalizar­-se” nas estratégias malabaristas.

Apercebendo-­se que, mantendo os presos políticos sob o seu cativeiro, a sua imagem detorava ainda mais a cada dia que passasse, disfarçadamente, o tirano está redimir­ se gradualmente de uma das piores borradas... A princípio, mandou soltar ­lhes parcialmente sob termo de identidade e para desfazer-­se totalmente do nefasto caso, puxou da cartola uma tal lei de amnistia que será aprovado apressadamente na dita assembleia nacional, entretanto, (sem querer desresponsabilizar) o juiz que “julgou” o processo 15+2+”Dago”, apenas está ser usado como o mau da fita, para mascar-­se a verdadeira maquinação por detrás deste indelével facto, porque, tudo quanto é instituição pública em Angola depende exclusivamente da vontade de único individuo... praticamente será a própria máfia e o seu chefe à amnistiarem­ se pelos crimes cometidos.


Coma a aprovação da mesma lei, o tirano pretende passar a imagem como se fosse a vítima e os presos políticos os agressores e por via da reintegração e clemência está a lhes perdoar.

Este processo contra os presos políticos é mais um dos inúmeros casos de pura injustiça que será atirado por baixo do tapete, para ser encontrado nos manuais num futuro distante ou não muito longínquo após o reescrever da história de Angola. Quando, logicamente aguardava­ se pela reposição da legalidade e a respectiva “indeminização” pelos danos causado (apesar de alguns danos serem irreversíveis). Deste modo, o ditador demonstrou mais uma vez o seu alto nível de insensibilidade.


Ao amnistiarem­ se, a mafia e o seu chefe, livram­ se completamente do mediático processo (15+2) e de tantos outros do género, logo, têm o caminho aberto para continuar a mascarar as crises, retocar a blindagem do batom da ditadura e sequencializar à agenda intitulada: ”dividir para melhor reinar”. Denota­ se os “esforços” para demonstrar um sistema judicial funcional (o que, facilitará o uso dos mesmos como escudos de defesa após as próximas repressões...) por via do nepotismo, está reforçar os sectores chaves do aparelho do estado e a transformar a mídia estatal em uma grande e sofisticadas máquinas de promandada num modo já mais antes visto, concomitantemente, vai ampliando a diabolizações dos opositores e o controlo das massas através das suas forças brutal, nomeadamente, os serviços de defesa e segurança que têm aumentando o clima de terror na sociedade... ­ Sempre com intento da defesa e manutenção do poder usurpado.

Este regime funciona e sempre funcionará na contramão ou contra as tendências da maioria, está altamente corrompido, ao ponto de não mais conseguir reconhecer diferentes prismas pacifistas, aliás, tal como vem demonstrado na sua génese e no percurso, apenas impõe reintegração e clemência.


Portanto, para os ilustres que têm apresentando várias perspectivas de transacções em prol do bem comum, podem até continuar, mas, cientes de estarem a pregar no deserto, o passado já mostrou como sistema sempre camufla ­se por traz das transacções para salvaguardar os interesses da máfia. Enquanto a nação continuar a ser desgovernado, cada dia será um dia de incertezas, caso queira­ se mesmo uma Angola livre de ditaduras, convém raciocinar­ se em diferentes alternativas pacifistas para a dissolução da tirania a médio ou longo prazo... Até ao momento, uma das poucas alternativas consistentes na qual chamou atenção foi a exposta pelo Domingos da Cruz no seu recente livro intitulado: Ferramentas para destruir o ditador e evitar nova ditadura, Filosofia Política da Libertação para Angola.


O caso 15+2+”Dago” é princípio de inúmeras astúcias que o sistema vai perpetrando para silenciar as vozes críticas, (mas, como os simulacros do passado estão todos falidos, tudo indica que,) novas “caranguejolas” contra os cérebros pensantes e incorruptíveis estão no forno... Haja vigilância, porque, deste grupúsculo sádico só se espera tudo quanto é negativo.