Luanda - Mónica Almeida, esposa do activista Luaty Beirão, sofreu uma tentativa de rapto protagonizada por agentes da Polícia Nacional que a ordenaram para  seguir um dos carros da corporação de marca Land Cruiser com a matrícula: LD 03-09-DE. A mesma foi mantida em parte incerta durante toda a manha desta sexta-feira (29).

Fonte: Central Angola 7311/Club-k.net

Regime justifica  que a confundiu com uma assaltante 

O rapto, por agentes da Polícia Nacional transportados em 2 carros patrulha, aconteceu junto ao tribunal provincial de Luanda no Benfica, onde ela havia acompanhado o seu esposo para assinar um documento de presença. O esposo  Luaty Beirão e seus amigos  foram libertos sob termo de residência e hoje, 29 de Julho, um mês após a soltura, os 15+2 dirigiram-se ao mesmo tribunal a fim de marcarem/assinarem a presença.

 

Mónica de Almeida, foi interpelada após ter deixado o esposo  no Tribunal e ficou desaparecido durante 4 horas. 

 

Através das redes sociais, o seu progenitor Victor Almeida lançou uma alerta solicitando ajuda para a localização da mesma. “Por favor ajude me a encontrar a minha filha . Está desaparecida desde as 8 da manhã. Foi levada por policias para lugar desconhecido logo depois de levar o seu marido Luaty Beirão ao tribunal para assinar uns documentos. Se souberem a sua localização por favor comuniquem me”


De acordo com fontes próximas as buscas, a jovem Mónica Almeida foi localizada na esquadra policial do bairro Nova Vida, em Luanda. A Policia justifica que a confundiu com uma assaltante.


De lembrar que as praticas de rapto pela Polícia Nacional acentuou-se desde  Maio de 2012, quando a DNIC e o SINSE raptaram na via publica, dois activistas Isaías Cassule e Alves Kamulingue que ameaçavam  realizar uma manifestação contra o regime do Presidente José Eduardo dos Santos. Os dois activistas nunca apareceram e dois anos depois, o  executivo angolano sob liderança do Presidente José Eduardo dos Santos admitiu que havia executado os dois cidadãos desaparecidos.


Por outro lado, não esta claro o que o regime angolano através da Polícia Nacional pretendia fazer contra a integridade de Monica Almeida, uma vez que durante o rapto, os agentes da policia  teriam lhe questionado se o carro tinha GPS antes de lhe mandarem seguir.