Lisboa - O Presidente José Eduardo dos Santos está a considerar o afastamento  do ministro das finanças, Armando Manuel, para depois da realização do congresso do seu partido, num cenário em  que o governante  deverá ser substituído  por um outro quadro partidário. Para a sucessão do mesmo foram avançadas propostas cuja linha de sucessão figura o  nome do economista Augusto Archer Mangueira, recém admitido  como candidato ao  Comité Central do MPLA. Um outro nome,  é o do antigo governador do BNA, Ricardo Daniel Sandão Queirós Viegas de Abreu.

Fonte: Club-k.net

As razões do afastamento de Armando Manuel são  remetidas  ao dossier FMI, na qual Eduardo dos Santos descarta responsabilidades das posições que o ministro tomou. De acordo com uma versão posta a circular em meios do regime, o Ministro teria, em Março deste ano apresentado ao Presidente da República a proposta de solicitarem o resgate financeiro ao FMI, e JES terá lhe transmitido que era uma boa proposta a se estudar.  Alega-se   que o ministro terá entendido que recebeu luz verde do Chefe de Estado, e desenvolveu aproximação ao FMI, para materialização do referido resgate, razão pela qual em finais de Junho  fez um recuou comunicando   que Angola já não precisava do apoio financeiro do Fundo Monetário

 

Para  harmonizar a  situação, alega-se que o ministro terá recorrido ao general Leopoldino do Nascimento para mediação do seu esclarecimento junto do Presidente da República pelo que foi sugerido apresentar pedidos de desculpas pela suposta desobediência institucional.

 


Armando Manuel que se diz ter chegado ao Ministério das finanças pelas mãos de José Filomeno dos Santos perdeu também apoio deste.  Zenú desligou-se de Armando Manuel  no primeiro semestre do corrente ano depois de ver recusado uma operação a que Ministerio  das finanças considerou eivada de irregularidades.

 

Ao rol de pendentes que pensam contra o ministro, atesta-se   que Armando Manuel terá  também se desarmonizado   com Tchizé dos Santos. De acordo com outras informações cuja veracidade não está apurada mas que se considera fazer “consonância”, o Ministro propôs, sem sucesso, a saída do PCA, do BPC  António Paixão Júnior, e logo a seguir Tchizé dos Santos terá interpelado pela manutenção do gestor bancário de cuja amizade lhe é merecedora. Paixão Júnior e Tchizé trabalham juntos como lideres do Comitê de Especialidade dos empresários do MPLA.