Luanda - A Direcção da UNITA repudia, nos termos mais enérgicos, a posição assumida em Angola, pelo membro da comissão política do Partido Comunista Português, senhor Rui Fernandes, na referência que fez a UNITA quando proferia a sua mensagem ao VII Congresso Ordinário do MPLA que decorre em Luanda.

Fonte: UNITA/Club-k.net

A UNITA lembra a opinião pública nacional e internacional que foi o Partido Comunista Português que arquitectou a violação dos Acordos de Alvor, celebrados entre Portugal, então potência colonial, e os três Movimentos de Libertação Nacional de Angola, ocasionando o fracasso do processo de descolonização de Angola e dando origem à guerra civil que devastou o país por longos anos.


Num acto de coragem e maturidade patrióticas, os irmãos angolanos antes desavindos assumiram a responsabilidade histórica de pôr fim ao conflito que os opunha, proporcionando ao país e ao seu povo, a oportunidade de viver em paz e reconciliados.


Neste sentido, a UNITA, é parte signatária dos Acordos de Bicesse, celebrados com o governo de Angola, em Maio de 1991. Para além deste Acordo que Rui Fernandes parece desconhecer, que abriu caminho ao multipartidarismo, a UNITA celebrou com o governo de Angola o Protocolo de Lusaka e o Memorando de entendimento do Luena que puseram fim a guerra civil angolana.


A Direcção da UNITA entende que as declarações de Rui Fernandes em relação a UNITA, um partido histórico, criado em Angola, em Março de 1966, com assento parlamentar e procura com muito sacrifício manter e consolidar a paz e o espírito de reconciliação nacional, são uma ingerência inaceitável nos assuntos internos de um país independente, bem como um atentado à soberania e uma posição instigadora de novos conflitos.


A UNITA reitera o seu posicionamento favorável a manutenção de boas relações de amizade, irmandade e cooperação com o povo português e com as suas instituições democráticas.


A UNITA não tolerará nunca que agentes do mal, que estiveram na base do conflito que dividiu os angolanos procurem, outra vez, semear discórdia, inviabilizando a felicidade e o bem-estar da maioria dos angolanos.


Luanda, 19 de Agosto de 2016

A Direcção da UNITA