Lisboa - O actual Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola, na República da Coreia do Sul, Albino Malungo é citado em documentos como o autor do rapto, em 2010, em Luanda, da jornalista Amélia Filomena Clemente de Aguiar. O caso foi abafado pelo PGR, João Maria de Sousa que segundo, a lesada informou ao PR, que não houve ocorrência de rapto.

Fonte: Club-k.net

PGR encobriu o  processo para proteger dirigentes do regime 

Volvidos 6 anos, a identidade do autor do rapto veio agora a superfície porque a jornalista resolveu divulgar, nas redes sociais, os documentos do processo, depois de verificar que a Procuradoria do general João Maria de Sousa estaria a abafar o caso deixando impune os autores ligados ao regime.


“Há três anos que o Tribunal mandou remeter o processo contra o Antônio Henrique da Silva vulgo Dinguanza e do Albino Malungo á Procuradoria Gera e nada. Do Tribunal Supremo não sai”, lamenta a jornalista.


Na altura dos factos, a jornalista Amelia Aguiar escreveu ao Presidente José Eduardo dos Santos (JES) informando sobre o que aconteceu com a sua pessoa. Em reação ao Chefe de Estado pediu a então Ministra da Promoção da familia, Genoveva Lino para acompanhar o caso. No sentido de salvaguardar a imagem dos seus colegas, a antiga ministra induziu o PR  ao erro informando-o que rapto de Amélia Aguiar foi uma simulação premeditada pela mesmo.

 

“Essa dona Genoveva Lino é tão medrosa que nem entendo como foi parar à deputada. Um dia ela ligou para mim, a dizer que o Sr presidente tinha-lhe pedido para acompanhar o meu caso já que eu tinha escrito ao presidente a queixar-me dos tribunais. Eu até lhe disse que não a achava com cabeça ou competência para tratar do caso, mas como ela insistiu eu fui lá a Assembleia Nacional ter com ela. Foi ela que me disse que o procurador tinha dito ao Presidente que não tinha havido rapto e que eu simulara o ataque. Depois ela falou com o meu advogado, acagacou-se toda e nunca resolveu nada. Eu só estou a contar esses episódios para que vocês saibam quem são os ditos representantes do povo. Não nos iludamos. Eles só vêm dinheiro. É a máfia nacional. É ainda ficam a pedir quotas para as mulheres entrarem na política”, escreveu a jornalista nas redes sociais.

 

Com a devida vênia  o Club-K reproduz os documentos emitidos pela própria justiça angolana que contrariam a versão do Procurador Geral da República, general Joao Maria de Sousa transmitida ao Chefe de Estado angolano, segundo as quais não houve ação de rapto comandada pelo embaixador Albino Malungo.