Sumbe – Cerca de 120 trabalhadores eventuais que há mais de oito anos ao serviço da administração do município do Sumbe, viram seus contratos anulados e ao mesmo tempo despedidos. Caricato é que, ao serem despedidos, a administração do Sumbe, lhe ficou com um ano de salários por pagar deixando mais de 500 famílias sem solução.

Fonte: Club-k.net
Indignados e de tantas voltas que estão sendo sujeitos pela administração, os eventuais redigiram um documento (Exposição) datada aos 22 de Agosto de 2016, ao primeiro secretário do comité provincial do MPLA, general Eusébio de Brito Teixeira, que é de igual modo governador da província, e com conhecimento a própria administração municipal do Sumbe, Gabinete de Inspecção do governo local, vice-governadora para esfera social e política e a Administração Pública, Trabalho e Segurança Social para que os seus direitos sejam repostos.

Felisberto Norte Dundo, Maria Amélia Mário Viagem e José Lopes são parte dos 120 trabalhadores cujos salários de um ano a administração do Sumbe não quer pagar e dizem ter constatado o levantamento de mais de 26 milhões de Kwanzas pelo financeiro da administração do Sumbe, valores que serviriam para o pagamento dos subsídios dos trabalhadores mas, desconhecem até hoje o paradeiro do referido dinheiro.

“Nós vimos, ninguém nos contou. A administração ter levantado dinheiro na ordem dos mais de 26 milhões de kwanzas para nos pagar, mas até hoje ninguém sabe do que foi feito tal dinheiro”, disse a fonte.

Maria Amélia é mãe de trigémeos. Teve primeiro um parto de dois gémeos e o segundo de trigémeos. Para poder suportar as despesas com os filhos uma vez que tanto ela como o marido se encontram desempregados, o governador Eusébio Teixeira ordenara, na altura, ao administrador do Sumbe que reinserisse o casal, o que foi feito.

Maria e seu esposo foram inseridos como trabalhadores eventuais e fazem parte dos 120 que há mais de um ano não recebem seus subsídios e ela diz não saber mais o que fazer: “Já não sei o que devo fazer com os filhos. Sem salários há mais de um ano, os meus filhos estão a padecer e a administração nem nos diz nada”, lamenta Maria””

Da administração do Sumbe nem uma resposta e quando procuramos abordar o administrador para esclarecimento que se impõe, uma funcionária disse-nos que Manuel do Nascimento Rosa da Silva não se encontrava no gabinete apesar do administrador estar sempre disponível para o efeito.

ENDE ENTRA PARA LISTA DE EMPRESAS CALOTEIRAS

De empresas caloteiras, o Sumbe tem-nas aos montes e por sinal, estatais. Por essas paragens, existem outros tantos trabalhadores de uma empresa que presta serviços a ENDE empresa nacional de distribuição de energia eléctrica.

Trata-se da União eléctrica, com escritórios no bairro do Chingo, periferia da cidade do Sumbe e a Simatec dentro da cidade cujos trabalhadores não recebem salários há 16 meses aos da União Eléctrica no caso e 6 meses aos trabalhadores da Simatec.

Os trabalhadores apresentaram reclamação junto da ENDE mas, foram pura e simplesmente ameaçados e dados como agitadores segundo exposição chegada até nós dia 23 do corrente mês e ano.

Os mesmos interrogam-se do porquê não são pagos se, são eles que têm a responsabilidade de efectuar cortes aos devedores obrigando-os ao pagamento numa altura que os balcões da ENDE registam todos os dias enchente de clientes efectuando pagamentos do consumo de luz eléctrica.