Luanda - Várias associações angolanas vão filiar-se à Federação Democrática Internacional das Mulheres (FDIM) durante o XVI congresso da organização que decorrerá de 15 a 18 de Setembro em Bogotá, Colômbia, sob o lema "Mulheres unidas pela paz".

Fonte: Lusa

Em conferência de imprensa para explicar os objectivos da participação de Angola no congresso, a vice-presidente da FDIM para África e Secretária-geral da OMA, Luzia Inglês, disse que para além dos membros da organização que dirige, a delegação angolana vai integrar 22 pessoas.

 

Devem filiar-se a FDIM as associações angolanas das Mulheres Marítimas, Portuárias e Actividades Conexas de Angola, Comité da Mulher Sindicalizada, Associação de Conforto, Felicidade, Simpatia, Encorajamento e Reconstrução (Cheer Angola).

 

As participantes no congresso vão fazer o balanço das actividades realizadas desde o XV encontro, e eleger uma nova direcção (presidência e vice-presidência), assim como apresentar várias questões que preocupam os membros da FDIM.

 

Durante o congresso, Luzia Inglês, na qualidade de vice-presidente da FDIM para África, vai apresentar o tema “A luta das mulheres em África. os seus avanços e suas conquistas”, com os subtemas “o papel da mulher africana no desenvolvimento social do continente, principais desafios", "participação da mulher na política e no processo de paz”, entre outros.

 

Segundo a responsável, as mulheres membros de pleno direito da Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM) lutam por um mundo de igualdade real e efectiva, onde cada cidadão ou cidadã sinta respeitado os seus direitos.

 

Durante todos estes anos têm estado a exigir a eliminação de todas as formas de discriminação e violência contra as mulheres, do táafico de mulheres e crianças, da exploração sexual, da prostituição, assassinato e tráfico de drogas.

 

Para além da Organização da Mulher Angolana, participam no congresso como filiadas da FDIM, as associações de Mulheres Empreendedoras de Angola, do Bem Estar da Família (Angobefa), das Crianças Abandonadas (AACA), da mulher Polícia (AAMPA) e das Mulheres Angolanas para o Desenvolvimento (Amad).

 

A OMA é membro de pleno direito da FDIM desde 1963 no recrudescer da luta de libertação nacional e a um ano da sua fundação e tem dado uma valiosa contribuição na organização, tendo já assumido a coordenação regional da organização para África e três mandatos como vice-presidente para África, lideradas por Ruth Neto e Luzia Inglês Van-Dúnem (Inga).

 

Segundo a responsável, a OMA faz parte do comité de direcção da FDIM que reúne duas vezes por ano, e tem como membros do comité executivo 10 países, onde constam Angola, El Salvador, Cuba, Brasil, Venezuela, Índia, Grécia, Líbano, Moçambique e República Popular da Coreia.

 

A FDIM é uma organização empenhada há vários anos na luta a favor da paz, e do respeito pelos direitos da mulher e conta com 660 organizações filiadas, de 160 países.

 

Devem participar no encontro, dos 26 países africanos membros da agremiação, a Guiné- Bissau, Moçambique, Namíbia, Sudão, São Tomé e príncipe e o Secretariado Regional da Organização Pan-africana das Mulheres (OPM).

 

Para a responsável, nos anos de existência da FDIM, tem-se defendido a igualdade de condições que propiciem autonomia económica para as mulheres e uma cidadania plena que inclua a construção jurídica, económica, social ética, do sentido da vida, da história e da democracia.

A FDIM tem como objectivo principal trabalhar para a redução do sofrimento, a dor em toda parte do globo, evitando tragédias que criam mortes, destruições e misérias, para a garantia das futuras gerações.