Luanda - Enfermeiros do Banco de Urgência (Cirurgia e Medicina) do Hospital Josina Machel, também conhecido como Maria Pia, estão a sete meses sem receber os seus ordenados, antevendo-se um “caos” nesta unidade hospitalar de maior referência no país, caso não se tomam as medidas necessárias. Em função do número elevado de pacientes que este hospital recebe diariamente pode acontecer uma catástrofe caso esses profissionais paralisem as suas actividades.

Fonte: Club-k.net

Segundo sabe-se, esses enfermeiros trabalham no hospital Josina Machel, mas quem paga os seus salários é uma empresa privada denominada “Judith Luakute”, empresa essa que presta serviço aos hospital e que contratou esses profissionais.


 

As últimas informações, depois de uma reunião segunda-feira (5-09-2016) com a proprietária do “projecto Luakute”, dão conta que a dona da empresa Judith Luakute encontra-se descapitalizada, sem soluções nem previsões de pagamento. Os enfermeiros dizem que nem a direcção do hospital toma uma decisão deixando os mesmos à Deus dará. Segundo dizem, tanto a direcção do hospital como o Luakute estão a tentar persuadir os enfermeiros a abandonar os postos de serviços para serem despedidos sem indemnização.

O mais grave é que estes profissionais constituem a maioria dos enfermeiros que trabalham nos bancos de urgência deste hospital. Ou seja, em cada turno, por exemplo, de sete elementos, seis são do Luakute e apenas um do Estado. Ainda assim este número é insuficiente para dar responda à demanda da procura.

“Por isso, se esses pararem as suas actividades, como o hospital poderá dar respostas a esta situação. Já estamos a ver muito dos nossos irmão a morrerem por falta de profissionais de saúde, causada pela ignorância dos nossos dirigentes. Que o Ministério da Saúde põe mão nisso, enquadrando os mesmos no Estado, para evitar-se mais desgraça. O Hospital já se depara com falta de medicamentos e agora com falta de enfermeiros como será?”, questiona um funcionário na condição de anonimato.