Luanda - Os medicamentos que o Ministério da Saúde de Angola importou, de emergência, em abril começaram a chegar a Angola e a sua distribuição já se verifica há duas semanas, depois de uma rutura de armazenamento, garantiu o Governo.

Fonte: Lusa

A informação foi avançada esta sexta-feira pela secretária de Estado da Saúde, Constantina Furtado, em conferência de imprensa, em que abordou igualmente as comemorações do dia do Trabalhador da Saúde, a assinalar-se no dia 25 deste mês.


A governante disse que a receção de medicamentos vai na terceira semana, e à medida que chegam estão a ser distribuídos pelas unidades hospitalares de Luanda e do resto do país.

 

Constantina Furtado referiu que os medicamentos estão a chegar dentro do financiamento que houve em abril, decorrendo reuniões ainda com os importadores e o Banco Nacional de Angola.

 

Estamos através dos importadores a fazer cobertura de todo o país, quer o setor público quer o setor privado, para a alocação de mais medicamentos e de mais dispositivos médicos no país”, realçou.

 

Segundo a secretária de Estado da Saúde, o processo de aquisição e chegada ao país leva algum tempo, “por isso é que aquilo que foi importado no mês de abril, maio, só está a chegar agora”.

 

Acrescentou que o esforço visa controlar a situação de défice de medicamentos que o país enfrentou este ano, fazendo com que haja “o mínimo de ruturas possível”.

 

O “Programa de Emergência” lançado no final de abril pelo Ministério da Saúde angolano para importar medicamentos e material clínico, face aos surtos de febre-amarela e malária no país, custou cerca de 33 milhões de euros.

 

Um despacho presidencial, de final de junho, aprovou a abertura de um contrato de crédito entre o Estado e o Banco Angolano de Investimentos (BAI), destinado à “importação de medicamentos, equipamento hospitalar e pagamento de despesas alfandegárias”.

 

Angola vive uma profunda crise financeira, económica e cambial desde final de 2014, decorrente da forte quebra nas receitas com a exportação de petróleo, o que levou à implementação de várias medidas de austeridade no setor público, atingindo também a Saúde.