Lisboa -  O angolano Manuel Luís Carvalho de Lemos,   administrador executivo da Sonangol é citado em círculos internacionais como estando numa “grave” situação de promiscuidade e  conflitos de interesse por acumular a sua posição de gestor público com as funções de Director Geral da UNITEL-STP, na República de São Tome, onde havia se mudado desde Maio de 2013.

Fonte: Club-k.net 

Isabel apadrinha conflitos de interesse na petrolífera estatal

Antes de se mudar para São Tome e príncipe, em Maio de 2013, este gestor   trabalhava na UNITEL, em Luanda ocupando o cargo de chefe do departamento de infraestruturas. Agora, nas vestes de  novo administrador da  Sonangol foi lhe dado entre varias tarefas, o pelouro do Comité de Coordenação dos Projectos Sociais no Soyo; a Direcção de Responsabilidade Social Corporativa; a  Clínica Girassol, a   SonAir e a MSTelcom - A Mercury Serviços de Telecomunicações, S.A.

 

A MSTelcom - A Mercury Serviços de Telecomunicações, S.A. (MSTelcom) é uma Subsidiária do Grupo Sonangol. É através desta empresa que a  Sonangol  detém 25% de participação da UNITEL.  Isto é Manuel Luís Carvalho de Lemos é na Sonangol o administrador responsável pela gestão da empresa estatal (MSTelcom)  acionista da outra empresa (Unitel) onde ele é igualmente  responsável. 

 

Em meios que acompanham o assunto questionam “se numa situação em que a UNITEL esteja a prestar contas a  acionista  MSTelcom, de quem lado Manuel Lemos ira se sentar. Da empresa onde ele é administrador ou da na outra onde ele é diretor”.

 

Manuel Lemos formou-se em, engenharia, em  Londres onde conheceu Isabel dos Santos e se tornou seu amigo. Faz parte dos quadros da UNITEL e quando se abriu esta empresa em São Tome e Príncipe, a filha do PR, indicou-lhe como diretor da sucursal naquele país. Operava como uma espécie de embaixador de Isabel dos Santos naquela ilha. 

 

A sua biografia oficial - distribuída na petrolífera  e que o Club-K teve acesso -  oculta a sua passagem pela UNITEL e apresentam-lhe apenas como tendo “20 anos de experiência profissional a nível nacional e internacional na área de tecnologias, sistemas e telecomunicações”.

 

 Quando se perspectivou em tomar leme da Sonangol, Isabel dos Santos deu o seu nome ao  pai, Eduardo dos Santos para nomear este seu “testa-de-ferro” como  administrador executivo da petrolífera estatal.

 

Conflito com a lei 

 

Neste momento Manuel Lemos esta   na condição de  infringir a Lei n.º 3/10 de 29 de Março (Lei da Probidade Pública) que proíbe os gestores de acumularem cargos públicos com privado. Ele esta a violar  o conjugado dos artigo 28 e 29 da lei da probidade pública, por acumular as funções de director geral de uma empresa privada, a  UNITEL-SPT com a de administrador executivo da Sonangol.