Luanda - O vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente, solicitou nesta quinta-feira, em Luanda, maior proactividade às empresas para que possam retirar vantagens comerciais dos acordos existentes e das regiões em que o país está inserido, no que toca às exportações.

Fonte: Angop


O vice-presidente fez este pronunciamento quando discursava na abertura da 1ª Conferência sobre Exportações em Angola, que decorre na capital angolana sob o lema “exportações como veículo de obtenção de divisas”.

 

Na sua intervenção, frisou que a concretização dos objectivos da estratégia da saída da crise, no que se refere às exportações, requer do governo angolano a criação de mecanismos de apoio institucional e a busca de soluções para a superação das barreiras técnicas, visando a facilitação do comércio internacional.

 

O acesso aos mercados internacionais, disse ainda, requer a exportação de produtos certificados na sua qualidade e produção, que cumpram as normas de produção internacionalmente aceites, pelo que a cooperação entre produtores, a Agência para a Promoção de Investimento e Exportações de Angola (APIEX) e outras entidades de certificação e de intervenção no comércio internacional deverá prover ao país as capacidades necessárias para o incremento das exportações.

 

Isto, acrescentou Manuel Vicente, para além do papel transversal que devem desempenhar na busca de financiamento a projectos de produção empresarial de bens e serviços destinados à exportação.

 

Referiu também que, neste domínio, Angola possui acordos comerciais e acesso privilegiado a mercados internacionais relevantes como o AGOA, com os Estados Unidos da América, cuja concepção de uma estratégia nacional de implementação se afigura urgente e “Tudo Menos Armas”, com a União Europeia.

 

Por sua vez, em relação à SADC e à Região dos Grandes Lagos, que no conjunto representam mais de 400 milhões de consumidores, disse que constituem oportunidades de mercado de exportação para as empresas angolanas, pelo que estas devem ser mais proactivas para deles tirarem as vantagens comerciais.

 

Referiu que a conferência objectiva discutir os vários constrangimentos no processo das exportações no país, devendo igualmente aferir as respectivas soluções, daí mostrar-se confiante em que os debates reservados para o acesso aos mercados e instrumentos financeiros, assim como as políticas públicas, com a inclusão de um painel institucional, resultarão em recomendações para a tomada de medidas e criação de instrumentos diversos que vão alavancar e facilitar o processo das exportações.

 

Neste sentido, manifestou o seu apreço aos exportadores, pela proactividade e pioneirismo que incentivará outras empresas a integrar o leque de exportadores, dando corpo à estratégia do Governo para a diversificação da economia.

 

De igual modo, à APIEX manifestou o encorajamento pelo papel transversal que assume e deverá assumir com todos outros sectores, visando corporizar os programas dirigidos e as exportações, assim como a internacionalização das empresas angolanas.

 

Frisou que o trabalho da APIEX requer a realização de acções efectivas como a identificação e divulgação de produtos exportáveis, a prospecção de mercados para exportação, a criação de mecanismos de apoio e facilitação do processo das exportações, a divulgação das potencialidades económicas e imagem de Angola e a realização de feiras e certames no país e no exterior, o apoio e promoção ao sector exportador.

 

A realização desta missão pela APIEX ANGOLA requer a afectação a esta instituição de recursos financeiros necessários e mecanismos de apoio às empresas no processo de exportação e internacionalização, a instituição do seguro de exportação e linhas de crédito de apoio ao exportador.

 

A 1ª Conferência sobre Exportações em Angola, que decorre na capital angolana sob o lema “exportar para diversificar a economia”, tem o seu término previsto ainda para esta quinta-feira e no certame participam entidades nacionais e internacionais de diferentes sectores.