Lisboa - Angola quer que as contribuições dos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aumentem para um melhor funcionamento da organização.

Fonte: Lusa

A posição foi mencionada pelo ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, em declarações à agência Lusa, sobre as expectativas à volta da XI conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, que se realiza na segunda e na terça-feira, em Brasília.


Georges Chikoti referiu que durante a cimeira espera-se que se continue a abordar a visão da CPLP para o futuro, a eleição da nova secretária-executiva, a são-tomense Maria do Carmo Silveira, e a presidência do Brasil.

 

Segundo o chefe da diplomacia angolana, a cimeira acontece num período fora do normal, em novembro, pela situação que o Brasil enfrenta, mas a expectativa é grande em torno da sua realização.

 

"O que se quer é que as contribuições dos Estados-membros aumentem para que a CPLP funcione melhor, isto também tem a ver com a própria visão, se tivermos que adotar uma nova visão para o futuro, então teremos que rever também a capacidade financeira da organização", frisou o ministro.

 

O governante angolano referiu que outro assunto a ser analisado durante a reunião tem a ver com os países que pediram para ser observadores da CPLP, para que tenham uma participação mais ativa na organização, sem adiantar como.

 

Nesta cimeira deverá ser aprovada a entrada de cinco novos observadores associados -- República Checa, Eslováquia, Hungria, Costa do Marfim e Uruguai -, que se juntam à ilha Maurícia, Namíbia, Senegal, Turquia, Japão e Geórgia.

 

"Participar um pouco mais, porque alguns têm estatuto de observadores e só participam nas cimeiras da CPLP", acrescentou.

 

Relativamente ao novo secretariado-executivo, Georges Chikoti manifestou esperança de que venha a ter "um bom empenho".

 

No campo económico, o chefe da diplomacia angolana disse que não é necessariamente a vocação do secretariado, mas os Estados-membros têm trabalhado na questão da promoção de atividades empresariais cada vez maiores no seio dos países da organização lusófona, o que é "uma coisa a encorajar".

 

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.