Lisboa - Uma irmã da Primeira Dama de Angola, de nome Vanda Maria Breganha de Lemos Macedo, está a um passo de ser promovida a embaixadora de carreira, o topo mais alto do quadro da carreira diplomática. O caso está a ser objectos de reparos no Ministério das Relações Exteriores por ela ter sido promovida sem fazer a carreira diplomática, como determinam os regulamentos internos.  

 

 

 

No inicio do ano passado, o ministro George Rebelo Chicoty assinou o Despacho n.º 1434/15 promovendo Vanda Lemos Macedo com a categoria de Ministra Conselheira da carreira diplomática. A mesma encontra-se colocada na embaixada de Angola  em Londres.

 

 

Na diplomacia, o grau de “embaixador de carreira” é o topo da carreira semelhante a alguém que chega a general nas forças armadas. A categoria de "ministro conselheiro" antecede a de embaixador. A promoção de Vanda Macedo é mesmo que promover  um civil a Brigadeiro sem nunca ter sido militar. 

 

 

No geral, um diplomata  para chegar a categoria de Ministro Conselheiro pode levar mais de 15 anos de serviços. Há, em Angola, casos de diplomatas  que estão a 20 anos com a categoria de terceiro secretario, devido as burocracias no ministério. 

 

 

Vanda Maria de Lemos Macedo, está como quadro do    MIREX  desde 2011, altura em que foi afastada do Gabinete da Primeira Dama, onde exercia as funções de assistente.  Quando entrou pela primeira vez nas Relações Exteriores,  foi nomeada  Consultora do Gabinete do Ministro. Para além do traficante de arma francês, Pierre Falcone, Vanda Lemos torna-se a diplomata que em menos de 5 anos de ingresso no MIREX, chega a classe dos embaixadores de carreira.

 

 

 

Existem em Angola e em toda parte do mundo duas categorias de embaixadores. Os embaixadores  político, que são elementos nomeados pelo PR, que não precisam ser quadros das relações exteriores mas   que exercem a função em comissão de serviço. Quando são exonerados voltam para o ministério ou instituição a que pertencem. Os embaixadores de carreira são quadros das Relações Exteriores ou do protocolo de Estado da Casa Civil do PR.

Podem ser promovidos à embaixadores sem  precisar de cumprir missão junto a uma embaixada no exterior, como é o caso de José Filipe, chefe do Protocolo da Presidência. No fim da sua carreira na função publica, recebem a sua reforma pelo ministério das Relações Exteriores.