Luanda - O financiamento chinês a Angola ronda já os 15 mil milhões de dólares (13,4 mil milhões de euros), desde 2004, apoio que o Governo angolano pretende ver reforçado para a execução dos seus programas de desenvolvimento.

Fonte: Lusa

A posição foi esta segunda-feira expressa pelo ministro e chefe da Casa Civil da Presidência da República, Manuel da Cruz, na abertura do Fórum de Investimento Angola-China, em que participam mais de 450 empresários chineses.

 

Realçando o aumento progressivo do volume de negócios entre os dois países, Armando da Cruz considerou excelentes das relações de amizade entre Angola e a China, baseada na cooperação económica.

 

Reconhecemos por isso o papel essencial do investimento da China em Angola na promoção do desenvolvimento sustentável, do crescimento económico, da redução da pobreza, da criação de emprego, da expansão da nossa capacidade produtiva e do nosso desenvolvimento humano”, disse Armando da Cruz.

 

O chefe da Casa Civil da Presidência da República de Angola lembrou que apesar da crise económica e financeira que o país enfrenta, o Governo angolano traçou estratégias para a sua mitigação, nomeadamente o aumento da capacidade de produção interna e a redução das exportações, através de um apoio dirigido ao setor privado.

 

Acrescentou que é dentro deste quadro que o executivo angolano pretende continuar a recuperar e a construir infraestruturas económicas e sociais para o desenvolvimento sustentável da economia angolana.

 

Temos pois de prosseguir na reabilitação e construção de estradas, pontes, escolas, hospitais e de aumentar a oferta de espaços habitacionais. Para a concretização desses programas, o executivo angolano pretende contar com a cooperação e ajuda da China”, exortou.

Segundo o dirigente angolano, a China é atualmente o maior parceiro de Angola tanto ao nível das importações como das exportações, informando que em julho deste ano, Angola tornou-se no maior fornecedor de petróleo do país asiático, ultrapassando os seus tradicionais fornecedores como a Rússia e a Arábia Saudita.

 

Em declarações à imprensa, o diretor da Unidade Técnica para o Investimento Privado, Norberto Garcia, reforçou que Angola tem para oferecer à instalação de empresários chineses incentivos fiscais e aduaneiros, além de um mercado fértil ao negócio, que se estende igualmente por toda a região austral de África.

 

Norberto Garcia frisou que muitos empresários chineses manifestaram o desejo de montar fábricas em Angola, para posterior exportação, salientando que o investidor chinês tem um olhar de apetência sobre o mercado angolano.

 

O fórum, o maior que a China já realizou a nível mundial, com a presença de mais de 450 empresários, conta igualmente com a presença de quatro bancos comerciais chineses para interação com instituições bancárias comerciais angolanas, que vão ajudar a financiar projetos.

 

O responsável avançou que durante o fórum estão previstas as assinaturas de acordos privados, nomeadamente contratos de investimento privado, de tramitação de propostas de investimento privado, sujeitos à aprovação dos seus titulares governamentais.

 

Acrescentou que já foram fechados entre “oito a nove” acordos de investimento, a celebra na terça-feira, de cerca de 1,3 mil milhões de dólares (1,166 mil milhões de euros).

 

“A previsão é na ordem dos dois mil milhões de dólares [1,7 mil milhões de euros]”, disse Norberto Garcia.