Luanda  - Napolitano em 1972 tivera dito o seguinte:” Jamais conduziria uma campanha eleitoral sem fazer sondagens adequadas de opinião, mas também jamais me fiaria completamente nos seus resultados”.

 
Fonte: Club-k.net
 
Os estudos de opinião tornaram-se numa ferramenta importante para ajudar as organizações política a compreenderem o seu eleitorado-alvo. Segundo Aldé (2001), a opinião de um eleitorado sempre foi estratégica no campo da política, mesmo em regimes autoritários. É deveras importante conhecer o que pensa o eleitor, antes da sua conquista, adicionalmente, a organização política deve antecipar-se com relação aos seus concorrentes na conquista eleitoral.
 
 
A pesquisa ajuda a perceber o juízo de valor do eleitorado-alvo, as necessidades e as aspirações. Dentro dos estudos de opinião, encontramos as pesquisas preditivas, que orientam as organizações politicas a identificarem as intenções de voto do eleitorado, medindo a cada momento o potencial de aceitação ou rejeição a uma organização política  ou  candidato.
 
 
As sondagens eleitorais complicam os processos eleitorais, quando instituições responsáveis por elaborarem sondagens, ao invés de cingirem-se na verdade dos factos, defendem os interesses de quem as contratou, dando origem as sondagem manipuladas. 
 
 
A manipulação das sondagens pré-eleitorais  tem um  impacto significativo nos resultados dos pleitos eleitorais, pois elas podem alterar a definição de estratégias das organizações politicas e gerar  motivação ou desmotivação  no eleitorado.
 
 
 A manipulação de uma sondagem pré-eleitoral ajuda a construir a imagem   de um partido político ou candidato tornado  imbatível, estimulando de forma errada  os eleitores a  desistirem de votarem no partido político preferido, com a convicção que o mesmo partido já esta vencido.
 
 

 A manipulação das sondagens pré-eleitorais, incita igualmente a abstenção eleitoral, pois ela pode mostrar ao eleitorado que a disputa eleitoral terminou antes mesmo da votação, neste caso, o eleitor desvaloriza o seu voto.  
 
 Infelizmente, os meios de comunicação de massa muitas vezes ajudam a potencializar as manipulações de sondagens pré-eleitorais, ostentando os números das sondagens como símbolos de uma verdade inquestionável. 
 
 
Por outro lado, é importante dizer que nem sempre estamos diante de uma manipulação de sondagens pré-eleitorais quando os resultados são contrários a previsibilidade. Há de facto situações em determinadas geografias, principalmente na África Subsariana e em países do terceiro mundo, em que os pesquisadores só conseguem auscultar o que os eleitores dizem e não o que eles pensam.  
 
 
Para colmatar este problema, é aconselhável que os partidos políticos não atribuam demasiada credibilidade as sondagens pré-eleitorais que surgem semanas ou meses antes do acto eleitoral, não devem alterar as suas estratégias e tácticas de penetração ao eleitorado-alvo em função de notícias de alterações de intenções de voto de segmentos-alvo, pois pode-se estar na presença de uma arma política para desviar o curso dos acontecimentos, ou de uma falha natural de sondagem.