Luanda  - Na ultima semana a estação de televisão Portuguesa SIC, fez uma reportagem da qual aborda a questão do estado Angolano. A polemica instalou-se e eis a minha visão sobre o assunto. No que concerne a saúde em Angola pode-se sem medo de errar referir que infelizmente é verdadeira a informação passada.

 
Fonte: Club-k.net
 
 A dimensão do problema?
 
 
O sector da saúde em Angola é dos piores do Mundo. Temos uma taxa de mortalidade infantil que é a mais alta do Mundo em anos consecutivos. É extremamente difícil, uma criança em Angola atingir os 5 anos de vida. É difícil de acreditar mas esta realidade não existia na época colonial. Mais triste ainda é o facto das doenças que matam as nossas crianças em Angola, terem um caracter preventivo na Maior parte dos casos. Entre essas as principais causas são:
 
 
1. Malária, febre amarela.
2. Doenças respiratórias (Pneumonia, asma etc)
3. Doenças diarreicas agudas (cólera etc)
4. VIH/SIDA
5. Entre outras.
 
 
Todas estas doenças podem ser evitadas se medidas como, melhoria do saneamento básico, tratamento devido do lixo, água potável, distribuição de mosquiteiros, acesso rápido a centros de saúde devidamente equipados e com médicos fossem criados. Desde a independência de Angola até a actualidade estas condições não são criadas? Vivemos um período de guerra civil mas justifica que desde 2002 até a actual data não tenhamos conseguido ultrapassar esta situação? Muitas coisas foram feitas pelo estado mas a questão esta no que poderia ter sido feito para que as nossas crianças não tivessem este destino.
 
 
Os hospitais que atendem crianças possuem falta gritante de medicamentos, e quando a familia pode comprar estes farmaços nos médicos somo proibidos de prescrever receitas para compra em farmácias externas, para não se descobrir a escassez de medicamentos, sendo então obrigados a assistir a morte das crianças. Faltam reagentes para determinadas o exames importantes no diagnostico. Faltam médicos mas temos muitos no desemprego.
 
Que solução?
 
 
A solução passa por vontade política em primeiro lugar. Aumentar as verbas destinadas para o sector da saúde. Construir um maior número de centros de saúde e equipa-los com médicos especialistas e Medicina de familia, enfermeiros comunitários, agentes comunitários, medicamentos, laboratórios e medicamentos. Punir civil e criminalmente os trabalhadores que desviarem fundos públicos, faltarem sem justificativa plausível. Fazer visitas e campanhas de sensibilização das populações sobre medidas preventivas como tratar do lixo, ferver a agua, colocar lixívia e outras medidas.
 
 
Tratar da promiscuidade no serviço nacional de saúde em que, gestores hospitalares, desviam medicamentos e materiais destinados a farmácias dos hospitais públicos para clínicas e farmácias privadas.
 
 
Todos achamos que os nossos hospitais públicos estão em condições até estarmos doentes e percebermos que tapavamos o sol com a peneira.
 
 
Os conselhos do Médico.