Luanda - Trinta e sete cidadãos acusados de tentativa de assalto armado ao Palácio Presidencial da Cidade Alta, começam a ser julgados sexta-feira pelo Tribunal Provincial de Luanda.

Fonte: Radio Luanda

Dos trinta e sete arguidos, dois estão foragidos e foram indiciados pelo crime de associação de mal-feitores com o objectivo de cometerem uma série de crimes violentos.


De acordo com uma fonte da Procuradoria Geral da República, de entre os crimes, os réus pretenderam na madrugada do dia 31 de Janeiro deste ano realizar um assalto armado ao Palácio Presidencial da Cidade Alta, tendo iniciado os actos executórios, ao cair da noite do dia 30 de Janeiro, quando cerca de 60 elementos se posicionaram em pontos estratégicos, nas proximidades do Palácio e do Largo Primeiro de Maio tendo despertado a atenção de forças da Polícia Nacional . A ação policial permitiu neutralizar os intentos dos criminosos, tendo capturado alguns elementos e apreendido armas de fogo do tipo AKA-M e de outro tipo.


Surpreendidos pelas forças da ordem, os restantes elementos colocaram-se em fuga desenfreada. Nos dias seguintes, foram capturados outros tantos membros do grupo de criminosos, somando 37, dos quais só 35 serão presentes ao Tribunal, enquanto outros se encontram á monte.


As intenções concretas dos réus serão conhecidas no Tribunal durante o julgamento. A fonte da PGR afirmou que a manutenção dos factos em segredo, mesmo depois do final da fase do segredo de justiça, que ocorreu com a notificação dos arguidos da acusação e da pronúncia visou evitar o pânico e especulações desnecessárias entre a população.


A mesma fonte revelou também que o outro objectivo dos malfeitores para a madrugada do dia 31 de Janeiro de 2016, um domingo, era o de tomarem as instalações da Televisão Publica de Angola - TPA e da Radio Nacional de Angola...


Entretanto, apuramos que os detidos são na sua esmagadora maioria elementos desmobilizados das FALA, extintas forças militares da UNITA, provenientes das províncias do Huambo, Huila, Bengo e Benguela. O julgamento está agendado para sexta-feira próxima e o juiz da causa será João Antônio Eduardo Agostinho.