Luanda - Nos últimos dias, correntes de informações dão conta de que o actual Vice - Presidente do MPLA, irá substituir o actual Presidente do Partido JES e o JL será também o PR mesmo sem que se tenha realizado ainda o pleito eleitoral.

Fonte: Facebook

E diante deste facto ainda não consumado, há quem diga que estamos em fase de uma transição política e estatal. Penso no meu entender ser uma visão muito eclesiástica movida duma fé não ortodoxa daí que se possa acreditar numa transição política, estadual, pessoal ou geracional já que nem podemos ainda almejar por uma transição partidária tendo em conta o cenário que se vive em Angola.


Ao se consumar o facto que estas correntes a hipótese de JES deixar a presidência do partido e JL vir assumir a mesma, o que vai acontecer é só e tão somente uma substituição de pessoas e não uma transição como se diz por aí ou por cá!


Teremos um homem que jamais poderá efectuar uma mudança de paradigma muito menos uma ruptura epistmológica e não sendo assim, do ponto de vista sistemático e de regime, teremos o mais no mesmo até porque boa parte das pessoas que estarão ao seu dispor, muitas delas também estão ao redor e dispor do actual PR...


Por exemplo, há instantes no seu discurso de celebração dos 60 anos da fundação (?!) do partido dos camaradas, JL, trouxe um discurso repleto dos vários sabores desgostantes de um Narcisismo avulso e barato - uma clara réplica daquilo que já nos habituamos a ouvir durante várias décadas onde se forja a História de Angola para nos passarem a ideia de que só o MPLA fez tudo ou o mais fundamental para o alcance da Independência e da Paz em Angola. Falou das mesmas parcerias, jogou pedra nas mesmas pessoas, partidos, países ou seja, os inimigos da paz de JES serão os mesmos da paz de JL!


Angola, precisa de facto de uma transição onde se possa mudar o "statuo quo" e permitir o ensaio de novos paradigmas de desenvolvimento, novas filosofias do Estado para que se possa ter um melhor funcionamento da administração do próprio Estado de maneiras que se invista também numa cidadania activa, consciente e participativa. Angola não precisa de SUBSTITUIR PESSOAS MAS SIM DE UMA TRANSIÇÃO ONDE O FOCO É O SISTEMA (ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO)!