Luanda - A Associação dos Taxistas atira-se contra a Direcção Nacional de Viação e Trânsito, justificando a crise acentuada estes dias dos chamados candongueiros.

Falando hoje à Ecclesia, o presidente da Associação dos Taxistas de Luanda, Manuel Faustino, afirmou haver «muita morosidade da Direcção Nacional de Viação e Transito no tratamento da licença de aluguer para os automobilistas que querem exercer a actividade de táxi».

Manuel Faustino deplorou que a sua associação não é reconhecida, nem tratada  como um parceiro do Estado.

«A associação dos taxistas de Luanda está a ser vandalizada e desprezada pelas estruturas competentes», reforçou.

Mas, o porta-voz da Direcção Nacional de Viação e Trânsito, Angelino Sarrote, negou haver qualquer pretensão do seu órgão em impedir os taxistas de exercerem a sua actividade.

Trabalho de rotina

«Os automobilistas que não estiveram legalizados não podem exercerem actividade de táxi», argumentou, sustentando que nos dias que correm, a policia está somente a «fazer um trabalho de rotina.»

Finalizou, aconselhando aos taxistas a tratarem a licença de aluguer.

A escassez de taxis em circulação e o consequente agravamento dos problemas de transportes colectivos na capital foi o tema debatido hoje no concorrido fórum radiofónico da Ecclesia hoje.

Na sua maioria, os participantes atribuíram o surto à relutância contra a aplicação do novo código de estrada, entrado em vigor no princípio deste mês, que veio acentuar as tradicionais chatices dos agentes de trânsito estimulados pela ocasião.

Mais autocarros

O comentarista Ecclésia para os assuntos sociais e religioso, padre Luís Kondjimbe, recordou que todos os automobilistas foram advertidos a tempo sobre a entrada em vigor do novo código de estrada.

Lamentou o facto de haver muitos taxistas ainda ilegalizados e defendeu que o governo colocasse em circulação mais autocarros para ultrapassar a presente carência.

Fonte: Apostolado