Luanda – A TAAG, Linhas Aéreas de Angola, prevê um prejuízo líquido de 14 milhões de dólares norte-americanos para o ano fiscal de 2016, já incluindo a absorção de 51 milhões de dólares de custos não contabilizados referentes aos anos 2012 a 2015.

Fonte: Club-k.net
Em 2015, o resultado cifrou-se num prejuízo de 175 milhões de dólares norte americanos. Quando se considera o abrandamento da economia em Angola, conduzindo a 30 por cento de desvalorização do Kwanza durante o ano, este sucesso pode ainda ser considerado impressionante.

Grande parte da retoma alcançada deve-se à poupança de custos durante o ano de 2016 no valor de 70 milhões de dólares norte-americanos face ao objectivo no Plano de Negócios de poupar 100 milhões de dólares norte-americanos até 2019.

Durante o decorrer deste ano a TAAG focou a sua atenção em todos os detalhes de custos que estão sob seu controlo e com um sucesso notável, onde as poupanças alcançadas falam por si mesmas.

A companhia aérea está agora muito mais consciente do dinheiro que gasta e tem agora melhores sistemas e processos para controlo de custos de forma a evitar desperdícios. Enquanto as vendas em dólares ficaram abaixo do ano anterior, devido às condições de mercado, as vendas em moeda nacional, Kwanza, cresceram 16 por cento, de 55 biliões para 64 biliões de Kwanzas.

A recepção este ano de dois galardoados Boeing 777-300ER, aeronaves de longo curso, permitiu a TAAG expandir a sua rede de destinos e iniciar a transformação de Luanda num HUB de tráfego aéreo na África Subsaariana.

A filosofia dos horários foi radicalmente alterada para assegurar que os voos regionais em África, conectem agora com os voos internacionais para a Europa, América do Sul e Cuba. Isto produziu um volume significativo de passageiros em trânsito e carga via Luanda, impulsionando a receita quando o mercado local está deprimido.

Com o beneficio destes passageiros em trânsito, foi possível a TAAG abrir também a nova rota para Maputo (Moçambique) e aumentar frequências para Portugal para 2 voos diários, para África do Sul para 10 voos por semana e para o Brasil para 4 voos por semana.

No inicio de 2016 o website “TAAG.com” foi modernizado e melhorado para simplificar o processo de reserva dos clientes, o que obteve um sucesso instantâneo com vendas superiores a 20 Milhões de Dólares este ano, comparados com menos de 2 Milhões de Dólares no ano de 2015.

Muito tempo e esforço tem sido investido a tentar melhorar a experiência do cliente, quer em terra, quer no ar, mas com a escassez de divisa eles têm que procurar soluções criativas localmente sempre que possível e aguardar melhores tempos para assumir melhorias mais dispendiosas.

Tal como em qualquer outro negócio o ingrediente principal para o sucesso contínuo da TAAG é o seu pessoal. Em alguns departamentos da empresa foram definidos programas de formação e experiências “on-job” para o desenvolvimento e melhoria da capacidade de intervenção dos colaboradores, enquanto que, noutros departamentos, ainda há muito por fazer.

Em 2017 a TAAG vai continuar a apostar na formação dos quadros e colaboradores nacionais de forma a conferir-lhes competências e capacidades para assumir posições de maior responsabilidade na companhia.

Ainda no que toca a formação, a parceria entre a TAAG e a Lunnar tem sido progressivamente potenciada e reforçada. Em meados deste ano deu início a um projecto de conversão de um dos Boeing 737-200 da TAAG já fora de serviço, num dispositivo de treino de Procedimentos de Emergência e Segurança, evitando assim a necessidade de enviar pilotos e assistentes de bordo para o Brasil, para realização do seu treino recorrente obrigatório.

Este dispositivo de treino já se encontra totalmente operacional e conjuntamente com outras infraestruturas desenvolvidas localmente disponibiliza a realização destes cursos em Luanda, poupando a ambos tempo e dinheiro.

Olhando para o futuro, 2017 promete ser mais um ano de desafios para a TAAG, mas se a experiência deste ano for comprovada, a companhia aérea caracterizou-se por um arranque impressionante no seu objectivo em se tornar a Companhia Aérea Internacional de referência na África Subsaariana.

Luanda, aos 19 de Dezembro de 2016