Luanda - Funcionários do Conselho Nacional de Carregadores (CNC), empresa do Ministério dos Transportes, queixam-se das discrepâncias salariais do director-geral e seus adjuntos, estimados em 18 mil dólares mensal líquido, contrariando às normas estabelecidas no país, que obrigam o pagamento de ordenados e outras despesas em Kwanzas.

*Paulo Alves
Fonte: Club-k.net

Os salários chorudos e em dólares são atribuídos apenas ao director-geral, Manuel António Paulo e seus adjuntos, nomeadamente, Isabel Bragança Ceita, directora financeira e Rui Moita, o conhecido "homem do muro", responsável pela direcção técnica.


Fonte daquela empresa disse que durante uma reunião do Conselho de Direcção, realizada recentemente, Marina de Almeida, criticou a medida oportunista e discriminatória da direcção-geral. Na qualidade de directora da Bolsa Nacional do Frete, adstrita ao CNC, e porque o seu nome não conta dessa folha de salários, Marina de Almeida pediu, como lhe assiste, esclarecimentos à propósito.


Naquele encontro, garante a fonte, ficou decidido o pagamento de salários em Kwanza, ao invés de dólares para todos, como uma das formas de se evitar situações que comprometam a direcção do Conselho Nacional de Carregadores.


Convencida de ter encostado à parede os seus superiores hierárquicos, Marina de Almeida saiu do encontro satisfeita e com a garantia de que assunto estava encerrado. Puro engano, pois foi apenas conversa para o "boi dormir".


Os três outros gestores terão feito   "ouvidos de marcador" e continuam a usufruírem mensalmente o salário de 18 mil dólares, além de várias outras irregularidades que cometem em benefício próprio.


O pagamento de salários chorudos e em dólares aos directores do CNC, bem como as discrepâncias em relação a outros directores de serviços e trabalhadores em geral, conforme garantia de outras fontes da empresa, geralmente bem informadas, é um assunto do inteiro domínio do Ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, que segundo se diz, já havia baixado ordem para se acabar com tais diferenças salariais, mas ninguém o obedece, pois a situação continua tal como estava antes da sua "ordem".