Luanda - Com o cumprimento da promessa do Presidente da República, muitas são as questões que se levantam em relação a transição do poder em Angola.

 
Fonte: Club-k.net
 
1. A transição acontecerá mesmo? Haverá transição ou sucessão presidencial?
 
2. Como será feita? Da velha à velha geração ou da velha à nova geração?
 
3. Do MPLA para o MPLA ou do MPLA para outros partidos na oposição?
 
4. Quem será  a principal figura de transição? João Lourenço, Isaías Samakuva, Abel Tchivukuvuku, Eduardo Kwangana, Lucas Ngonda, Justino Pinto de Andrade, David Mendes, Bornito de Sousa Raúl Danda? ou outras figuras fora desses? 
 
Quando o  Chefe de Estado  apresentou  o desejo de abandonar a vida política activiva em 2018, soando o alarme da transição na antepassada reunião do Comité Central do seu partido de 11 de Março deste ano, surgiram dois factos reais: 
 
 
Primeiro:  Os presidenciaveis no MPLA preferiram jogar com o silêncio para saber  da preferência de  José Eduardo dos Santos sobre quem o substituiria e a quem recairia a sorte. No fim da Reunião daquele órgão, o líder  foi desafiado a se candidatar à presidência do partido no VII Congresso  que teve lugar de 17 à 20 de Agosto de 2016. 
 
 
Ao saírem do encontro,  os presidenciaveis optaram pelo silêncio uma vez que o assunto no seio dos camaradas é de tamanha sacralidade e muito sensível, pois,  toca no mais profundo âmago do partido. 
 
 
O silêncio não veio do nada é uma demonstração de disciplina e obediência por medo de represálias à quem for muito atrevido. A título de exemplo,  diz-se mesmo a boca pequena que o então Secretário Geral daquele partido e actual Ministro da Defesa,  João Gonçalves Lourenço no pretérito anúncio que o camarada Eduardo dos Santos havia feito,  teceu algumas considerações  tendo demostrado que o presidente era uma pessoa  séria e homem de palavra o que significa que iria cumprir com o prometido; diz-se segundo o nosso mujimbo (porque não há nada oficial), que essa opinião, custou-lhe a  atravessar  um deserto político sem água nem comida. Daí que,  todos preferem ser mais calculistas e nunhum dos presumíveis se atreve a sair da toca antes da tempestade passar. 
 
 
Segundo:  A oposição,  nem sequer  acreditou  naquilo  a que chamou  de mais uma manobra. Vários lideres dos partidos na opsição  preferiram ser  São Tomes,  “Ver para crer” porque no entender destes, José Eduardo dos Santos  já  anunciou saír do poder mais de  uma vez e não  cumpriu. 
 
Mas, este septicísmo não é o mesmo para os presidenciais na oposição que continuam a afinar de uma ou de outra forma as suas máquinas para fazer face a qualquer candidato que vier do MPLA,  apesar das dificuldades de vária índole que  enfrentam,  associadas ao próprio ambiente político não oferecer tanta confiança e segurança eleitoral por causa de muitas denúncias por eles feitas  do processo de registo eleitoral que começou a 25 de Agosto de 2016. 
 
Será que desta vez é para valer?
 
 
 Sim. Porque os ventos políticos não soprarão positivos para quem brincar de política;  daí que, o presidente sendo um mais velho político  maduro, leu os tempo e viu que  não tinha alternativas se não cumprir com sua palavra ou seja deixar o poder. 
Transição com presidênciaveis no MPLA
 
 
E quem será o homem de sorte no MPLA? Quem terá a honra de levar o MPLA  nos ombros e  enfrentar de igual para igual os partidos opositores e caso ganhe será o homem de história? 
 
A lista é longa mas os presidenciaveis já foram escolhidos entre o trigo e o jóio. O presidente e Bureau Político já discutiram o assunto.  Houve  debates bastantes acesos segundo  as minhas fontes fiáveis e credíveis. O assunto foi remetido ao Comité Central  que analizou-o com bastante cuidado que lhe é caracterísco e à porta fechada.  
 
 
Actualmente os nomes mais sonantes são quatro: João Gonçalves Lourenço, Bornito de Sousa Baltazar Diogo, Isabel dos Santos e António Paulo Kassoma mas eu adiciono mais  um  que é o Higino Lopes  Carneiro. Para além desses há outros cujos nomes não foram apagados da lista.  Tal é o caso de Filomeno dos Santos, Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó”, Virgílio de Fontes Pereira e  António Pitra Neto  entre outros.
 
 
Além dos preferíveis do presidente, o MPLA dispõe de muitos outros  presideciáveis  naturais como:  Lopo do Nascimento, Jú Martins, só para começar  uma lista longa de jovens e adultos políticos com crédito demonstrado como Pedro de Morais, Carlos Feijó, Edeltrudes Costa, Agnaldo Jaime, Manuel Vicente, Severino de Morais, João Baptista Kussumua, Armando Manuel etc. Qualquer um destes pode ser presidente e Vice - Presidente da República respectivamente. Uns com mais experiência outros basta uma pequena preparação amais.  
 
 
João Gonçalves Lourenço é um militar  de formação com uma experiência no ramo inquestionável segundo peritos em matéria castrense. Também foi parar na política onde adquiriu um currículum ambicioso; foi Secretário Geral do seu partido, Vice-presidente da Assembleia Nacional durante muito tempo, actualmente é Vice -Presidente do MPLA e Ministro da Defesa. As funções que ocupa actualmente lhe aproximam mais ao presidente do partido e do País pelo que passa a ser o homem de confiança deste. 
Não é por acaso que foi proposto como a pessoa quase certa na substituição do chefe apesar de ter também muita oposição interna diga-se a pouca pequena. 
 
 
José Eduardo dos Santos  tem a fama de ser muito selectivo na escolha dos homens mais próximos e quanto mais  confiança política à pessoa que o  irá substituir em Setembro de 2017 caso o seu partido vença as  eleições de Agosto.  Este, terá uma particularidade  e merece ser escolhido com bastante calma. Afinal estamos a falar tão somente da pessoa que vai ficar na história  por marcar a época antes e depois de  José Eduardo; dito de outra forma, a ser verdade que o chefe vai abandornar, estas serão as  primeiras  eleições na história da democracia de  Angola desde 1992,  a decorrer sem José Eduardo dos Santos  o que dá o mérito de serem históricas.  
 
 
As opiniões sobre este presumível inquilino da Cidade Alta  são divergentes; uma corrente o qualifica  como sendo muito sério comedido até nas palavras e exigente no trabalho;  outra corrente,  consideram-no como  um testa de ferro, intolerante e outros adjectivos que podem ser acrescidos.   
 
 
De qualquer forma, o candidato a cabeça de lista do MPLA à Presidência da República começou mal quando no primeiro discurso que proferiu depois de ser supostamente  proposto como cabeça de lista na reunião ordinária de 2 de Dezembro de 2016, mostrou não ser aquele que  pensa a primeira corrente de opiniões do parágrafo anterior.
 
 
Como era de esperar, por motivos não esclarecidos publicamente,  o presidente do partido não se fez presente no acto central das comemorações dos 60 anos da fundação do partido e como mandam os estatutos do MPLA e as boas regras de cortesia, João Lourenço  na qualidade de Vice – Presidente,  foi representar o chefe.
 
 
Infelizmente o futuro presidenciavel mostrou tudo menos humildade e honestidade com os angolanos que não comugam a mesma camisola que ele;destratou as outras forças políticas que participaram na luta de libertação, teve um discurso mais incendiário e extemporáneo, demostrou estar agarrado ao passado o que mostra que caso seja eleito será pior que o seu antecessor. Mas podemos penitência-lo se tivermos em linha de contas que já começou a sua pre-campanha eleitoral deixando apenas o julgamento para a história.  
 
Digam o que nos quizer dizer os do UPA - FNLA, MPLA, UNITA, os considerados  únicos e legítimos representantes do povo angolano até 1975, mas nenhum deles vai nos convencer que lutou sozinho porque os factos históricos mostram o contrário. Acreditamos que lutaram todos cada um a sua maneira e segundo as condições políticas, geográficas, materiais, culturais, sociais que dispunha  naquela altura. 
 
Bornito de Sousa é jurista com muita experiência nas lides académicas. É um quadro com competência política e já demostrou que pode substituir o chefe sem problema nenhum. É um dos pais da Constituição angolana por causa da famosa proposta C que surgiu quase na última da hora no calor das discussões das propostas apresentadas pelos partidos políticos. 
 
 
É eloquente e muito responsável; impera muito respeito e é persistente nas suas acções e quando diz sim terá de acontecer ou seja cumpre com a  sua palavra.  É dos muito poucos que na maior das vezes promete  e  cumpre. Demostrou isso mesmo quando assumiu a toda poderosa pasta do Ministério da Administração do Território (MAT);  começou a efctuar mudanças profundas na divisão administrativa do país com o olhar sereno do Presidente da República que deixou-o trabalhar nos seus projecto sem interferência.
 
 
Apesar de esta acção ter-lhe valido alguns adversários avessos à tais divisões, continuou com o trabalho elevando comunas à categoria de municípios e municípios  baixando municípios a categoria de  distritos (Caso de  Luanda). Mas o erro mais profundo segundo intelectuais ligados a cultura é o da criação da Lei da toponímia que põe fim a escrita correcta dos nomes da localidades em línguas nacionais.
 
Pareceu que quer acabar com a identidade cultural neste ponto de vista e aqui demonstrou que tem mais poder do que qualquer ministro porque niguém protestou oficialmente às sua deciões os  que o fizeram foi apenas nos bastidores e sem peso. 
É bastante comunicativo e aberto ao debate, gosta de se misturar com as classes profissionais; que o digam os jornalistas que ganharam o matabicho regular com ele e pergunte-se também aos membros da sociedade civil que já privaram com com ele em muitas actividades realizadas.
 
 
Coisa para dizer que o professor Bornito de Sousa tem requisitos mínimos para substituir o Chefe de Estado  porque goza de bastante simpatia e confiança deste. 
 
 
Isabel dos Santos – é filha do Presidente da República e por natureza já goza de confiança política do seu progenitor que não exita lança-la aos grandes patamares do estado mesmo com contestação. 
 
Aliás, foi com esta boleia que conseguiu ser uma milionária em tão pouco tempo e com o bonus de ser uma das mulheres mais ricas de África. Não me perguntem onde foi buscar o dinheiro porque não tenho resposta; somente o governo pode resnder.
É jovem, tem a vantagem de ser mulher, tem créditos já demorados na gestão de algumas empresas suas mas está a ser contestada desde que foi nomeada ao cargo de Presidente do Conselho de Administração da Sonangol com medidas cautelares e trocas de acusações a mistura. 
 
 
O assunto deixou de ser apenas um acto administrativo passou para um debate político sem fim entre o partido que governa e a sociedade cívil que  não deixou o navio passar decidiu tornar o assunto mais sério quando alguns dos seus membros remeteram  uma medida cautelar ao tribunal. 
 
Os partidos na oposição decidiram por um  pronunciamento não muito enérgico que no entender de alguns politólogos,  se entende porque o momento não é apropriado para brigas desnecessárias. Afinal as eleições estão já a espreita e não há tempo a perder. 
Além de que eu entendo que esta foi uma gaff do adversário e  aproveita-la, a oposição somaria bastante pontos.
 
 
E como se diz onde os gigantes lutam quem sofre é o capim, houve quem seria sacrificado neste ring; perguntem o meu amigo Paulo Ganga que na sua função de fazedor de opinião,  juntou a sua voz favorável aos que não viram  mal nenhum na nomeação. Valeu-lhe  algumas acusações de ter recebido alguns dólares do regime. Coisa para dizer que o Game está Violento.
 
Esta forma controversa fez dela sair do anonimato e ser conhecida por todos. Acho que funcionou a estratégia do pai que viu nesta  nomeação,  no meu entender,  apenas uma maneira mais justa de colocar a filha na boca do povo e torná-la uma presidenciável  destornando o irmão Filomeno dos Santos que era dado como quase certo presumível substituto do  seu pai até 3 meses antes. 
António Paulo Kassoma é um quadro invejável,  já mereceu confiança do chefe do Executivo e do seu partido por várias vezes tendo sido Governador do Huambo e posteriormente Primeiro Ministro de Angola e agora é o terceiro homem mais forte do MPLA ocupando o cargo se Secretário Geral desde o VII Congresso Ordinário realizado de 17 à 20 de Agosto do ano corrente. 
 
Também já foi presidente da Assembleia Nacional e  há quem diga que nesta qualidade já interinou as funções de Presidente da República no tempo da Lei constitucional e do sistema semi presidencialista. 
 
 
É uma figura estratégica para o partido, porquanto, representa também os interesses do maior grupo étnico do Pais o que logo de primeira e associado a sua capacidade intelectual, lhe abre as portas para passear nos corredores do palácio presidencial sem exibir nenhum passe.
 
 
Está dentro das faculdades mentais e intelectuais e goza de simpatia no seu partido, não é incediário nas palavras tem um estilo de governante convícto e não está envolvido à escádalos como alguns de seus camaradas de camisola.  Essas podem ser em resumo as  condições mínimas para substituir Zé Du. 
 
 
Higino Lopes Carneiro: é um general de carreira sem contestação, sério, responvsável e muito exigente ao trabalho o que lhe valeu o título de General 4 x 4. 
Foi o todo poderoso do Ministério do Urbanísmo e Ambiente depois de concluir a missão de governar a província do Kwanza Sul. Antes, teve o seu nome estampado um dos acordos que construíram a Paz de Angola como espelha o meu livro que será lançado em Abril próximo. 
 
 
 Depois de umas férias  no parlamento,  foi chamado para transformar as longínquas terras do fim do mundo (Província de Kuando Kubango), em terras do progresso. Terras essas, que a dada altura já tiveram o nome  de Terras Livres de Angola no tempo de Jonas Savimbi o também chamado Mwata da Paz. 
 
 
O nome se justifica pelo facto de, segundo alguns historiadores, ser  a primeira área do País a estar livre da ocupação portuguesa tudo porque a UNITA tratou de limpar a região e posteriormente o MPLA se aproxiou com a mesmo objectivo. É um território vasto e bastante estratégico do ponto de vista de guerra e não foi por acaso que a UNITA a escolheu para instalar o seu bastião a Jamba “Djamba”. 
 
 
Dedicado, fiel ao trabalho e ao chefe,  foi obrigado a  interromper o mandato para vir impor regras à Capital do País (Luanda), que se tornara  num  caos e onde imperava a anarquia no entender de alguns. Cada  um mandava a sua maneira no dizer do então Primeiro Secretário do MPLA e também antigo governador que depois de apresentar o perfil correcto daquele que na altura foi tido como o salvador de Luanda, pediu - lhe para impor ordem aos generais que tornavam Luanda numa sodoma e Gomorra, muitos dos quais (os generais),  com patentes compradas. A sua força e energia o transformou num bombeiro pronto a qualquer hora para apagar fogo por isso se for chamado para apagar fogo do  palácio não exitará.   
 
 
Luanda não é fácil de governar como parece, de tal forma que,  o general 4x4 teve de abrandar a velocidade para depois aplicar a última tração deste longo e monstruoso veículo que se chama Kianda, que por pouco e não fosse a hábil condução do chefe máximo, capotava com o peso do lixo. 
 
 
Para a transição não ser feita com a oposição, o MPLA precisa colocar a disposição o saber de todos os seus quadros para num curto espaço de tempo endeireitar  todas as veredas do mal, criadas pela administração Dos Santos ao longo dos  trinta e sete  anos de  governação  e principalmente nos últimos anos agravados com a crise económica e financeira que veio piorar ainda mais a dose.   
 
 
Principais trunfos para o MPLA jogar 
 
 
Os principais trunfos do MPLA são: o factor Guerra, a diabolização que fez à UNITA, o alfabetismo,  a pobreza e a Administração Pública.
 
 
Com a guerra fratricida como a chamou Jonas Savimbi,  que o país viveu desde a luta de libertação até 2002, as mentes dos cidadãos ainda estão traumatizadas e o que os angolanos muito querem é viver em Paz. Este trauma é desfavorável à oposição com a UNITA na liderança uma vez que o adversário constantemente vai apartando nas faridas da guerra que ainda não cicatrizaram. 
Durante o tempo de guerra o governo liderado pelo MPLA, criou  uma imagem muito negativa na mente de muitos angolanos sobre a UNITA e Jonas Savimbi. A dada altura ser da UNITA significou ser da liga do mal e esta mentalidade vai permanecer por muito  tempo dado o grau de instrução de muitos. 
 
 
Com a máquina administrativa ao seu lado, o MPLA tem estes factores como trufos fortes de tal forma que,  sempre que as estruturas do poder estão em risco,  recorre ao  fantasma de guerra e suas consequências. Aponta o dedo ao seu adversário (ontem seu inimigo)  e fica com o mérito de  quem esteve sempre ao lado do povo quando mais necessitou parecendo que na gurra enquanto a UNITA disparava balas ele rebentava balões tipo no aniversário das crianças.
 
 
Com os meios de comunicação públicos ao seu dispor propaga com facilidade a mensagem e associado ao analfabetismo mais falta de opção de escolha, o a maioria dos cidadãos fácilmente acredita.
 
 
A pobreza é outro factor de ouro que empurra sempre o MPLA à victória quando bem explorada. Segundo os meus calculos, mais de 80% dos angolanos são pobres até os quedizem não ser. 
 
 
Podemos tirar como exemplo,  a maioria dos quadros que está na Administração Pública que se obriga a fazer parte ou a concordar com  MPLA sempre  com o argumento de preservar o pão dos filhos. 
 
 
Estes quadros que não têm beira nem era,  são na verdade a maioria no MPLA sem medo de errar. Mostram ser do partido apenas para conseguir um carro, uma casa, um salário, um crédito bancário e muito mais. Não estão entregues de corpo e alma. 
O MPLA os identificou desde o mais miserável ao simples pobre  e utiliza-os de várias maneiras pois pela sua condição a única coisa que sabem é a ceitar qualquer oferta mesmo ridicularizar  a si próprio. Oferce carros, motorizada, bicicleta, geradores, televisores, enxadas, roupa, arroz e muitos outros meios que servem para comprar seu voto.
Mas se a oposição despertar a tempo pode complicar as contas do MPLA o que ao meu ver  será muito difícil porque os pobres estão famintos com todo tipo de pobreza. Estão com fome de comida, falta-lhes emprego, vestuário, preços baixos e para piorar ainda mais, não têm identidade de tal forma que vivem em africa mas o pensamento está nos outros continentes. Eu arrisco-me em dizer que o povo angolano é o povo europeu, e americano em Africa porque de africanos nada têm. 
 
Esta filosofia de mediocridade ajuda o MPLA.  Por esta razão já ouvimos muitos cidadãos a dizer que  o MPLA já ganhou a eleições e João Lourenço já é  tido como presidente da República mesmo antes de ser cabeça de lista do seu partido.   
 
Em fim. Angola é dos poucos países no mundo que conheço que antes das eleições já há um vencedor e com maioria absoluta. 
Se MPLA souber usar os trunfos que tem ganha as eleições mas o contrário não é muito avisado porque o povo até pode parecer fácil de mais mas já está muito esgotado com muitas promessas não concretizadas. 
 
 
Transição com presidêciaveis na Oposição.  
 
 
A ser feita com a oposição, a transição passará necessariamente pela UNITA e a CASA. Alguém irá me perguntar: E os outros partidos não têm presidênciaveis? A minha resposta é não com excepção do PP cujo o líder Manuel David Mendes e o Bloco Democrático com dois presidenciaveis; Justino Pinto de Andrade e Filomeno Vieira Lopes.
 
A Constituição da República de Angola no  artigo 109º no seu nº 1, consagra que é eleito Presidente da República e Chefe do Executivo o cabeça de lista, pelo círculo nacional, do partido político ou coligação de partidos políticos mais votado. Se formos sérios e riogorosos do ponto de vista político não  há condições de as eleições serem ganhas por outros partidos fora dos primeiros que mencionei.
 
Muito gostaria eu que os partidos estivessem em iguais condições para concorrer mas as dificuldades que alguns vivem impedem que tal seja possível. 
 
Alguns trunfos da oposição 
 
 
Alguns dos principais trunfos da oposição são: Ma Gestão do Executivo do MPLA, erros políticos de alguns dirigentes, crise financeira, corrupção etc. 
 
 
A gestão danosa da coisa pública mostrou até aos septicos que o MPLA está casando e que é melhor optar por outros dirigentes para governar o país. 
 
 
A isso acresce a corrupção que se tornou um cancro como disse Abel Tchivukuvuku  presidente da CASA. Hoje em todas as instituições se cobra gasosa  a sua maneira e ao nível que for ajustado . 
 
Nos níveis mais baixos a gasosa passou a ser normal que até já não assusta ninguem. Para sustentar a minha afirmação basta andar de taxi e qualquer polícia mandar parar o auto-mobilista logo  se  ter a ideia do que se passa. E ao nível mais alto a gasosa é mais grande até mudou de nome chama-se comissão. 
 
 
A crise financeira veio piorar mais as contas do executivo que para já nunca estiveram certas no final de cada ano apesar de todos os anos serem considerados  positivos no entender dos seus dirigentes. Mas somente na cabeça destes porque no fim de tudo as coisas continuam as mesmas. 
 
 
      A maioria dos dirigentes só promete e não cumpre alguns deles ninguém lhe conhece pessoalmente mas dizem representar o povo e falam em seu nome. Isto aumentou o nível de desespero que já era muito e a oposição tem aqui o terreno fértil para desbravar a terra Mas a oposição tem mesmo condições de  ler os tempo e  ganhar o poder?
 
 
Sim. Mas só unida.  A verdade seja dita aqui e sem desprimor de muito trabalho feito pela oposição; se partir para o processo eleitoral  estilhaçado, tem poucas chances de ganhar as eleições. O recomendável é criar uma frente única com um candidato entre Abel Epalanga Tchivukuvuku, Isaías Ngola Samakuva, e Justino Pinto de Andrade, David Mendes ou buscar o já e muito experiente Macolino Moco. 
 
Há uma palavra de ordem da UNITA que gosto muito que diz o seguinte: o unidos venceremos. 
 
 
O MPLA tem muitos factores favoraveis a si legais o ilegais, mas podem mante-lo novamente no poder em 2017.   E a mudança  na minha opinião, não se faz sozinho tem de ser com uma única força, uma coligação com um cabeça de lista para tirar o todo poderoso M que já se tornou avó naquela cadeira da cidade Alta desde 1975. Os presidenciaveis que vou enumerar abaixo e outros tantos que estão nos partidos e na sociedade civil, são brilhantes têm tudo para ser a alternância neste país mas somente com a união da oposição. 
 
 
Sei que há quem me vai entender mal mas é apenas uma  opinião realista e certa de um simples  analista das questões políticas de Angola. Unam-se o país precisa de mudança.
 
 
Eis aqui os que presidenciaveis que na minha opinião podem governar o país e aceites pelos angolanos:
 
Abel Epalanga Tchivukuvuku– é carismático, é querido pelos jovens e as mulheres, é bonito de rosto e tem estilo que o povo gosta, é inteligente e com uma oratória fora do normal. Goza de simpatia no seio de muitas clases da  sociedade desde os camponeses, operários, estudantes, professores até menbros de outros partidos.
 
É jovem e  simpático. Tem um historial político invejavel apresndeu na escola da Djamba e seu mestre foi Jonas Savimbi que também é seu tio. Está a utilizar bem a  experiência que trouxe  da UNITA. 
 
 
A   única desvantagem tem  é a sua força política estar em terceiro lugar o que quer dizer que para vencer as eleições precisará de ultrapassar a toda poderosa UNITA e o Golia MPLA tarefa que não é tão fácil como parece.  
Mas se considerarmos que a sua CASA  comum como ele a chama tem apenas 4 anos e conseguiu o terceiro lugar com apenas três meses de vida política deixando na poeira a sua Avó FNLA e o proeminente PRS, tudo se espera desta coligação que já se tornou fenómeno. Diga-se em boa política.  
 
 
Isaías Henriques Ngola  Samakuva- é um político com muita competência, tirou a sua UNITA da lama em que se encontrava depois da morte  do líder  fundador,  Jonas Savimbi. É muito comedido nas acções e nas palavras, não é  espetaculoso e calcula muito antes de fazer e isso não surpreende,  pois,  estamos a falar tão somente de um experte em matéria da diplomacia. 
 
 
Foi embaixador da UNITA na Europa durante uma parte do período da guerra e conhece bem estes meandros pelo que,  se for eleito presidente a política externa angolana não será problema.  Está a frente do seu partido a 13 anos. Está agora a desfrutar o sabor político do quarto mandato o que lhe valeu alguns inimigos internos. Sabe gerir bem os conflitos tanto internos como externos qualidade indispensável para um cargo como de chefe de estado. 
 
 
Desde sempre foi um dos quadros mais proximos de Jonas Savimbi tendo sido até director do seu gabinete. Goza de popularidade mas também é muito criticado por não ser  explosivo e nunca esteve envolvido em escândalos.
 
A sua forma de ser e estar o torma mais próximo dos cidadãos. É bastante comunicativo  mas os seus créditos, estão principalmente na gestão dos recursos humanos que dispõe. Sabe colocar pessoas certas nos logar certos condição indispensável para combater a corrupção que no seu entender está institucionalizada. 
 
 
Marcolino Moco -  Já tem muita experiência de governar este país.  Na  sua cartola há muitos trunfos de ser um velho  político que não fala sem fazer. Foi Secretária Geral do MPLA, Primeiro Ministro de Angola, Secretário Geral da CPLP só para citar estes.
 
 É calmo, organizado, e disponível a desafios. Mostrou aos angolanos ser um homem bastante culto e interessado em mudar o país basta ler a sua obra a A terceira via,  para entender que com um presidente do seu tipo o pais muda para melhor.
 
De qualquer forma, o futuro inclino da Cidade Alta terá que ser muito forte em todos os sentidos porque depois das eleições o país começará uma nova era de muitos dossiers em quase todos os domínios.