“Angola está a lidar com os desafios de múltiplas transições na política, na economia e finanças, na democratização, no modelo de desenvolvimento social e de reconciliação nacional. Estes desafios requerem uma gestão da mudança inclusiva, pacífica e participativa, envolvendo todos actores políticos e da sociedade civil, no sentido lato”. Esta é a principal constatação do Conselho Diretivo (CD) da ADRA ao fazer a análise da conjuntura actual do País.

 

 

1. O CD da ADRA, tal como tem defendido ao longo dos anos, considera que as formas de mitigar e reduzir os riscos, as dúvidas e os receios em relação às mudanças passam por um maior investimento no reforço e credibilidade das instituições, das leis, do acesso à informação e um diálogo que busque consensos e acordos no interesse maior do país;

 

 

2. O CD considera que as múltiplas transições que o país tem vivido desde a independência colocam enormes desafios aos diferentes actores sociais e políticos, exigindo da sociedade, no seu todo, capacidade de tirar as devidas lições de tais transições, para assegurar a estabilidade;

 

 

3. Em relação à Lei da Administração Local do Estado, Lei no 15/16, que recentemente entrou em vigor, CD da ADRA considera que, no domínio da promoção da participação dos cidadãos e suas organizações sociais na vida pública, mormente a experiência, as lições e aos ganhos da institucionalização dos Conselhos de Auscultação e Concertação Social (CACS), alguns aspectos da mesma são uma regressão, sendo isso uma evidência expressiva da tendência para maior concentração e centralização de poder;

 

 

4. O CD fez o balanço e avaliação satisfatória do processo dos encontros das comunidades com as quais ADRA trabalha, cuja fase nacional teve lugar no Município da Caála, na Província do Huambo, nos dias 8 e 9 de Novembro de 2016;

 

 

5. O CD analisou e validou os resultados do XIX Encontro do seu órgão consultivo, o Conselho de Representantes, realizado nos dias 25 e 26 de Novembro de 2016, no Huambo, o qual debruçou-se sobre a avaliação do Plano Estratégico vigente (2012- 2016) e a identificação das linhas de força para o período 2017 - 2021;

 

 

6. O CD debruçou-se sobre a preparação da XXI Assembleia Geral Ordinária a ter lugar em Luanda, no próximo dia 14 de Janeiro de 2017;

 

 

7. O CD aprovou as propostas de admissão de novos membros para a Associação, que serão ractificadas pela Assembleia Geral Ordinária;

 

 

O Conselho Directivo