Luanda  - Quando Sónia Ferreira começou a erguer o centro de Okutiuka, no final dos anos 90, as bombas caíam sobre o Huambo. Vinte anos depois, Sónia Ferreira ainda se comove com as histórias dos que aqui vêm à procura de protecção e abrigo.

Fonte: Lusa

Para ver, esta quinta-feira, no Jornal da Noite da SIC

Henrique João tinha três anos quando foi acusado de feitiçaria. Às mãos da mãe sofreu todo o tipo de maus tratos. Quando chegou à Okutiuka, o centro de acolhimento de crianças de rua, no Huambo, trazia o corpo em ferida. Não falava. Todas as noites gritava com pesadelos. Um ano depois, sabe ler e escrever. Canta e joga à bola. Todos os dias faz progressos na escola.

 


Henrique João é uma das centenas de crianças que Sónia Ferreira resgatou à rua ou à violência das famílias. Quando começou a erguer o projecto, no final dos anos 90, as bombas caíam sobre o Huambo. Vinte anos depois, Sónia Ferreira ainda se comove com as histórias dos que aqui vêm à procura de protecção e abrigo.

 


"Damos graças a Deus que nos enviou uma mãe como todos gostariam de ter", diz David Carlos. Era ainda bebé quando foi deixado à porta da Okutiuka. Hoje é formado em contabilidade e dá aulas de dança.

 


As crianças e jovens da Okitiuka são uma excepção em Angola. Um país onde milhares de crianças estão abandonadas à sorte.

 


"Angola, país sem infância" é um trabalho de Susana André, com imagem de Carlos Morais, edição de imagem de Tiago Martins e grafismo de Cláudia Ganhão. Para ver, esta quinta-feira, no Jornal da Noite da SIC