Luanda  - A Voz do Povo, foi contactado por um colaborador do sector de saúde da embaixada de Angola em Portugal, que preferiu o anonimato, para denunciar o quanto e como está ser gerido os dinheiros no sector supra citado. - Descontente com o Sr. Nuno Marcelo Oliveira [chefe do sector da saúde da embaixada de Angola em Portugal] -. A fonte, diz-nos que, ultimamente, o mesmo, manda a Sra. Rosa [segunda titular daquele sector], assinar cheque branco, sem lhe comunicar os destinos dos fundos. [A Sra. Rosa] também está descontente com a conduta indecorosa do Sr. Nuno [diz a fonte]

 
Fonte: A Voz do Povo
 
Segundo a mesma fonte, é do seu conhecimento, na qual, a última tranche, que o sector recebeu [destinado a cobertura das despesas dos utentes da junta médica], foi de aproximadamente, seis milhões de euros e, ainda não pagos as pensões, subsídios, e as outras dívidas com os Hospitais. Abordou-nos também, da existência de colaboradores fictícios, que prestam serviços desnecessários neste sector. Há doentes, que não vão as consultas por falta de verbas.
 
 
Confirmou-nos também que, o Sr. Nuno, altera os preços de alguns serviços, exemplo: um serviço que está no valor de cem euros, ele cobra cento e cinquenta euros. “Isto é roubo dos dinheiros do Estado Angolano, estou triste com este homem, maltrata os doentes desabafou [a Fonte].
 
 
O Sr. Nuno, oculta-se em dar esclarecimento aos utentes da junta medica, sobre a falta de subsídios de alimentação e de transporte, que ronda num período de sete a oito meses. Os doentes furiosos longe das suas famílias, e praticamente sem dinheiro, dirigiram-se ao Consulado de Angola em Lisboa, de forma a serem acudidos a aflição. Os utentes da junta médica, foram expondo as necessidades, as dificuldades, e o péssimo serviço do Sr. Nuno. O Sr. Cônsul, em Resposta, diz ” não compreende e não aceita estes tipos de atitudes, quando se trata de pessoas com maior necessidade e atenção.”
 
 
No dia seguinte, o Sr. Embaixador, convocou uma reunião para encontrarem solução no que diz respeito a urgência das necessidades dos doentes, fazendo-se presente: O Sr. cônsul, chefe do Sector de Saúde em Portugal a sua adjunta e um pequeno número de doentes em representação da maioria.
 
 
Ao longo da reunião, o Sr. Embaixador e o Sr. Cônsul, confirmaram o mau procedimento do chefe do Sr. Nuno, ao negar responder algumas perguntas relacionadas com a situação, que os utentes vivem. Foi confirmado, por alguns termos dito pelo Sr. Embaixador sobre, existência dos seis milhões de euros nas contas do sector de saúde, o chefe de sector respondeu nos seguintes termos: "Se eu roubei este dinheiro que me prendam".
 
 
 
A Voz do Povo, teve conhecimento que o Sr. Cônsul, ficou muito chateado pelo comportamento do chefe do Sector de Saúde ao ponto de lhe dizer nos seguintes termos. "Se o senhor não está em condições de ocupar este lugar, demita-se porque o Sr. Esta lidar com pessoas e tens que respeitar essas pessoas".
 
 
A Chefe adjunta do sector, disse na mesma ocasião que ela não tem autoridade junto dos funcionários e outros colaboradores, que prestam serviços naquele sector, tudo porque o Sr. Nuno Oliveira trata-lhe de forma deplorável perante os funcionários. "Chefe de sector ouvindo certas verdades da sua conduta indecorosa, levantou-se e retirou-se da reunião nervoso, sem despedir o Sr. Embaixador e o Sr. Cônsul, deixando todos os presentes em plena reunião em desespero".
 
 
A Voz do Povo, tomou conhecimento, que o Sr. Nuno está a usar práticas radicais, na qual, obrigando os médicos a darem alta aos doentes sem estarem curados.
 
 
A fonte citou como exemplo três casos, mas, salientou a existências de mais:
 
 
1o - Uma utente com a patologia Oncológica no pâncreas, já com duas ou mais cirurgias com sucesso, faltando os exames de controlo pós-operatório, mas o Sr. Nuno diz que, tem de regressar em Luanda, para lá fazer os exames de controlo. E, foi pressionando a médica para dar alta a senhora em causa. Recorrendo ao Director do Hospital Capusus, para influenciar na Alta para a Doente. Mesmo com a influencia do Director, a mediada solidarizou com a situação, e recusou dar alta nas condições em que, a mesma, se encontra. A mesma foi operada com sucesso, só que, no terceiro dia, generalizou uma toxina e acabou por falecer.
 
 
2o Um menino de 16 anos de idade com a patologia ortopedia, zona da coxa da perna direita, vindo com sua mãe como acompanhante de junta médica. Sofreu várias cirurgias para estancar um tipo de infecção [que encontra-se nesta zona da coxa]. O utente encontrava-se a fazer os tratamentos no Hospital da CUF, após da cirurgia, havia necessidade de uma correcção cirúrgica, a situação evoluía em bom ritmo. No dia marcado para a cirurgia o Sr. Nuno apareceu no Hospital da CUF, pressionando, o médico, para dar alta ao doente em causa, após a cirurgia. Também obrigou a mãe do menino assinar um documento onde informa que, após a cirurgia deve abandonar a pensão, entregou-lhe a passagem aéreas ai mesmo no Hospital. O menino não tinha condições para viajar, e, tinha orientação médica para fazer algumas sessões de fisioterapia, mas, infelizmente já não poderiam voltar no CUF porque, o Sr. Nuno deixou orientações, ” se, ele voltar no Hospital o sector da saúde da embaixada de Angola em Portugal não se responsabilizara pelos custos”.
 
 
3o - Conhecimento de um paciente idoso na facha etária dos 70 a 80 anos, na companhia da sua esposa como acompanhante oficial de junta médica nacional de Angola. Enquanto o doente esteve internado, a mulher teve problema de saúde, dirigiu-se ao sector de saúde para poderem encaminharem-lhe ao Hospital para ser diagnosticada. O Sr. Nuno Marcelo Oliveira, negou-lhe redondamente dizendo: o sector não se responsabiliza com os acompanhantes por isso desenrascam.
 
 
Segundo ainda a mesma fonte, essas práticas recorrentes do Sr. Nuno Oliveira, valendo-se pelo grau de parentesco que o liga a primeira-dama de Angola que o ajudou a ocupar o cargo em referência, razão pela qual o Sr. Ministro da Saúde e o Presidente da Junta Nacional de Saúde não o exoneram com o medo de sofrerem represálias por parte da Cidade Alta.
 
 
Os doentes em Portugal apelam ao Governo de Angola e ao próprio MPLA, a tomarem medidas